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Política & Poder

Bolsonaro repudia reação de Roberto Jefferson contra PF: “Lamentável”

No Instagram, através dos stories e no Twitter, Bolsonaro classificou a atitude como uma ‘ação armada’

Evellyn Luchetta

23/10/2022 14h30

Foto: Sérgio Lima / AFP

O presidente da república e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), emitiu um comunicado em suas redes sociais neste domingo (23), repudiando a reação armada do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), contra a Polícia Federal, enviada até a casa de Jefferson, em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, para prendê-lo a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Jefferson resistiu e atirou contra os policiais. Dois agentes ficaram feridos.

No Instagram, através dos stories e no Twitter, Bolsonaro classificou a atitude como uma ‘ação armada’. Apesar da reprovação, o chefe do executivo aproveitou para alfinetar o inquérito contra Jefferson, afirmando que não teria o ‘respaldo da constituição’.

“Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”, disse.

Quando o ex-deputado foi preso, em 2021, Bolsonaro chegou a fazer um ataque direto aos ministros do STF, agravando a crise institucional da época. “Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos”, escreveu no Twitter, em 2021. “De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF, extrapolam com atos os limites constitucionais.”.

Jefferson já cumpria prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, por ameaçar ministros do STF e estar ligado a uma organização que divulgava fake news e estava envolvida em crimes contra a democracia, quando, neste sábado (22), xingou a ministra Cármen Lúcia, também do Supremo, e a comparou a “prostitutas”, “arrombadas” e “vagabundas”. O vídeo onde ele a ataca foi publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB), nas redes sociais.

Veja:

Vídeo: Reprodução/Twitter

O mandatário afirmou ainda que enviou o ministro da Justiça, Anderson Torres, para acompanhar o caso. “Determinei a ida do Ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento deste lamentável episódio”, finalizou.

Durante a ação, Jefferson gravou um vídeo dizendo que não vai se entregar. “Eu não vou me entregar. Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los”, disparou.

Ele ainda mostra o para-brisa do carro da PF estilhaçado. “Mostrar a vocês que o pau cantou. Eles atiraram em mim, eu atirei neles. Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito. Mas eu não me entrego”, afirma.

O ataque à Cármen e a PF gerou diversas reações nas redes sociais, entre elas, da presidente do STF, Rosa Weber, da ex-senadora Simone Tebet (MDB), e do ex-juiz, Sérgio Moro.

Ontem, diversos juristas foram ao STF pedir a revogação da prisão domiciliar de Jefferson.

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