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Política & Poder

Bolsonaro prometeu 15 ministérios, mas caminha para o 24º

Relembre promessas de campanha feitas pelo presidente feitas em 2018

Redação Jornal de Brasília

11/06/2020 9h51

Com a nomeação do deputado Fábio Faria (PSD-RN), marido da apresentadora Patrícia Abravanel e genro de Silvio Santos, dono da rede de televisão SBT, o presidente Jair Bolsonaro soma 23 ministérios em seu governo. São oito a mais do que os 15 prometidos na campanha presidencial, em 2018. Relembre algumas declarações de Bolsonaro a respeito:

Não fazer indicações políticas: “Não vai ter mais indicação pro BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, com esse critério: botar lá indicação de um amigo pra que use a instituição pra causa própria”. A declaração foi dada por Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan, no dia 24 de setembro de 2018.

Reduzir número de ministérios (máximo de 15): “Assumi compromisso de reduzir número de ministérios, extinguir e privatizar grande parte das estatais que hoje existem”, afirmou Bolsonaro, em seu Twitter, no dia 23 de setembro de 2018.

Ainda sobre número de ministérios, Bolsonaro disse, no dia 7 de outubro de 2018, em uma transmissão ao vivo, o seguinte: “Nós diminuiremos o tamanho do Estado. Teremos no máximo 15 ministérios, de aproximadamente 150 estatais no primeiro ano no minimo 50 ou nós privatizamos ou nós extinguimos.”

24º ministério

E o 24º ministério pode ser criado ainda neste ano, com o desmembramento do Ministério da Justiça e a criação da pasta da Segurança Pública. No início do governo, elas foram unificadas e ficaram sob a gestão do então juiz Sergio Moro.

Centrão

Partidos do chamado centrão, como PP, PL e Republicanos, estão gerenciando a distribuição de cargos do governo federal para atrair legendas menores para a base de apoio de Bolsonaro no Congresso.

Eleito com a promessa de acabar com o que chama de “velha política”, moldada no toma lá dá cá, o presidente iniciou nas últimas semanas negociações com o novo centrão.

O “toma lá” são os vários cargos de segundo e terceiro escalão da máquina federal, postos cobiçados por caciques partidários para manter seu grau de influência em Brasília e nos estados. O “dá cá” é uma base de apoio mínima no Congresso para, mais do que aprovar projetos de seu interesse, evitar a abertura de um possível processo de impeachment.

Para se ver fora da cadeira presidencial, Bolsonaro precisa ter ao menos 342 dos 513 deputados contra ele e um clima propício à destituição – com economia em frangalhos e tensão nas ruas, por exemplo. Líderes de partidos do chamado centrão afirmam que Bolsonaro enquadrou ministros que resistiam em ceder cargos de suas pastas ao grupo, deixando claro que quem se opuser pode ser demitido do governo.

Com informações da Folhapress

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