Menu
Política & Poder

Bolsonaro: parabéns ministro Fachin, tremenda colaboração com narcotráfico

Bolsonaro se referia ao despacho do ministro que, em 2020, proibiu operações policiais em comunidades no RJ durante a pandemia de covid-19

Redação Jornal de Brasília

14/06/2022 12h06

O presidente Jair Bolsonaro subiu o tom das críticas ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e disse que o magistrado colaborou com o narcotráfico. Bolsonaro se referia ao despacho de Fachin que, em 2020, proibiu operações policiais em comunidades no Rio de Janeiro durante a pandemia de covid-19.

“Parabéns ministro Fachin, tremenda colaboração com narcotráfico, com a bandidagem de maneira geral”, declarou o presidente em participação no Brasil Investment Forum 2022, organizado pela ApexBrasil, em São Paulo. Ele ainda voltou a defender o questionamento a decisões da Justiça. “Não podemos criticar decisão? Por que não? Quem eles pensam que são?”, seguiu o chefe do Executivo, sobre os ministros do STF.

No pronunciamento, Bolsonaro também citou a atuação do governo federal na política agrária. “Ninguém mais ouviu falar em MST no nosso governo. Levei paz ao campo e não foi na pancada. Demos título definitivo, provisório para 350 mil assentados. Pretendemos chegar a 400 mil no corrente ano”, declarou.

Escolha

Ainda no Fórum o presidente repetiu “mantras” que serão utilizados em sua campanha à reeleição. Afirmou que seus ministros não foram escolhidos por partidos políticos; negou escolhas políticas para lotear BNDES, Caixa e Banco do Brasil. “Como você se sente no BNDES onde eu não impus nenhum diretor para você?”, disse o chefe do executivo ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

Bolsonaro também criticou o PT; comemorou a celeridade conquistada na abertura de empresas; e minimizou a eficácia nas vacinas contra a covid-19. “Tem gente melhor que eu, mas para presidente é self-service”, declarou sobre o processo eleitoral. Ele não citou, contudo, as interferências na Petrobras com a troca de presidentes para conter a alta dos combustíveis.

O presidente ainda voltou a dizer que o agronegócio brasileiro precisa de fertilizantes. “Fomos negociar na Rússia e resolvemos a questão”, avaliou.

O presidente também retomou críticas indiretas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Executivo pediu aos presentes para assistirem ao vídeo da delação do ex-ministro da Fazenda no governo Lula (PT) antes que “um cara resolva bloquear tudo”. “É dono da verdade e da nossa liberdade, parece que esse é o destino dele”, disse o presidente “Não podemos admitir que alguns dos integrantes desses poderes tenham poder absoluto. Eu quero, não quero, prendo, desmonetizo, abro inquérito”, acrescentou.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado