Menu
Política & Poder

“Bolsonaro mandou fraudar cartão de vacina”, diz Cid

Cid também disse que os dados falsos dos cartões de vacina de Jair e Laura foram inseridos no sistema por servidores de Duque de Caxias

Camila Bairros

24/10/2023 7h25

Foto: Reprodução

Na noite de ontem (23), o tenente-coronel Mauro Cid, que atuava como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, disse à Polícia Federal que apenas estava cumprindo o que o ex-presidente pediu quando fraudou os cartões de vacinação contra a covid-19 em sistemas do Ministério de Saúde.

O militar afirmou que Bolsonaro mandou fraudar o cartão de vacinação dele e de Laura, sua filha de 13 anos. Os documentos falsos teriam sido impressos e entregues em mãos ao então presidente, para que ele usasse quando “achasse conveniente”. O relato foi colhido no âmbito da delação firmada com a PF e veleado pelo jornalista Aguirre Talento.

Ainda no depoimento, Cid afirmou que os dados falsos dos cartões de vacina de Jair e Laura foram inseridos no sistema por servidores da prefeitura de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em 21 de dezembro de 2022 – nove dias antes de o ex-presidente viajar para os Estados Unidos. Naquela época, era necessário ter comprovante de vacina contra a covid-19 para entrar no país.

Ao Uol, Fábio Wajgarten, advogado de Bolsonaro, negou as acusações feitas por Cid. “Eu garanto que o presidente nunca pediu nem pra ele, nem para a filha dele. Até porque o mundo inteiro conhece a posição dele sobre as vacinas, e o visto dele, como presidente da República, não necessitava de comprovante de vacina”, disse.

Em depoimento feito em maio à PF, Bolsonaro declarou que não tinha conhecimento de fraude nos cartões de vacina, e nem teria dado nenhuma orientação quanto a isso à Cid.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado