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Política & Poder

Bolsonaro diz que tem acordo para votar excludente de ilicitude

Presidente anunciou que deve assinar novos decretos sobre armas e regras para colecionadores, atiradores esportivos e caçadores

Redação Jornal de Brasília

04/02/2021 17h02

SÃO PAULO

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 4, que pretende resgatar, em acordo com os presidentes da Câmara e Senado, a votação do excludente de ilicitude para forças policiais. Ele também anunciou que na próxima semana o governo federal irá “baixar mais três decretos sobre armas e CACs”, sigla dada aos colecionadores, atiradores e caçadores no País.

Segundo Bolsonaro, sobre o excludente de ilicitude, “se ele (o policial) está armado na rua é porque nós colocamos as armas nas mãos deles”. “Quem manda no meio da rua na GLO (Operação para Garantia da Lei e da Ordem) sou eu, quem bota na rua a polícia militar é o governador[(do Paraná) Ratinho Jr. Nós temos que ter responsabilidade”, declarou o presidente. Bolsonaro participou nesta quinta-feira, 4, da inauguração do Centro Nacional de Treinamento de Atletismo (CNTA) em Cascavel (PR), onde fez as declarações.

Para o presidente, o Parlamento saberá aperfeiçoar a medida que chegou a integrar proposta do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, mas foi retirada do texto final do pacote anticrime. “Homens sérios, honestos, chefes de família, trabalhadores, não podem após o cumprimento da missão, receber a visita do oficial de justiça para começar a responder um inquérito, ou até mesmo receber uma ordem de prisão preventiva”, defendeu Bolsonaro.

Sobre a questão do armamento e os três decretos que pretende editar, Bolsonaro disse à plateia presente que “arma é um direito de vocês”. “A arma evita que um governante de plantão queira ser ditador. Eu não tenho medo do povo armado, muito pelo contrário, me sinto muito bem, estar ao lado do povo de bem armado no nosso Brasil”, disse Bolsonaro.

O presidente, que tem feito críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a dizer que o governo federal “não aumentou em nada os impostos, diferente de um Estado ali do lado”. Em janeiro, conforme reforma fiscal administrativa e fiscal do Estado, a Assembleia Legislativa paulista autorizou a revogação de benefícios fiscais em diversos produtos, com exceção de alimentos e remédios da cesta básica.

Estadão Conteúdo

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