O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter nesta terça-feira (25) para divulgar um projeto de lei idealizado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM). Omar, que é presidente da CPI da Covid, rebateu Bolsonaro.
O projeto idealizado por Aziz e divulgado por Bolsonaro previa que um médico pudesse ser incriminado caso recomendasse um medicamento sem eficácia para aquela doença que esteja sendo tratada. A medida atingiria diretamente profissionais que recomendam cloroquina para tratamento da covid-19, por exemplo.
Bolsonaro não fez críticas, apenas pediu que seus seguidores deixassem opiniões. Nos comentários, diversos apoiadores criticaram Omar Aziz.
O senador, por sua vez, declarou que o projeto já foi abortado antes mesmo de Bolsonaro ter acesso ao rascunho. Aziz disse ter reconhecido o erro e aproveitou para criticar o presidente. “Não perca seu tempo em postar esse projeto, porque já foi retirado bem antes de o senhor postar esse texto aí no seu Twitter”, declarou.
“Perca seu tempo ligando para lideranças políticas internacionais para comprar vacinas. Perca seu tempo em salvar vidas. Coloque em seu Twitter algo dizendo assim: ‘Faça o isolamento social, se cuide, essa doença mata'”, prosseguiu Aziz.
“Naquilo que eu erro, eu faço autocrítica. Ainda há tempo que o senhor faça autocrítica em relação à vacina. Compre vacina, não compre cloroquina, senhor presidente”, concluiu o presidente da CPI da Covid.
“Capitã Cloroquina”
Nesta terça (25), a CPI ouve a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. A senadora já respondeu sobre temas como recomendação do chamado tratamento precoce contra a covid-19 e o polêmico aplicativo TrateCov, criado pelo Ministério da Saúde e retirado do ar dias depois da elaboração. Ainda assim, Mayra deve ser perguntada novamente sobre estes e outros temas.
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