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Política & Poder

Bolsonaro: acham que não tem gente lá (Saúde) com interesse? Tem sim

Bolsonaro afirmou que, apesar da propensão para malversação de recursos públicos, seu governo não tem casos de corrupção

Redação Jornal de Brasília

07/07/2021 17h14

Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira, 7, que existem pessoas “com interesse” no Ministério da Saúde, diante de orçamento diário de R$ 550 milhões da Pasta. O orçamento atrairia pessoas com interesse de “entrar lá e fazer besteira”.

Bolsonaro, porém, voltou a afirmar que, apesar da propensão para malversação de recursos públicos e dos supostos esquemas revelados envolvendo a Pasta, seu governo não tem casos de corrupção. “Não compramos uma dose (da Covaxin), não pagamos um centavo. Estamos há dois anos e meio sem corrupção”, disse, em entrevista à rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.

Segundo o presidente, uma vez que o governo não comprou doses da vacina Covaxin, contra a covid-19, nem fez o pagamento das reservas, não é possível afirmar que houve desvios de recursos públicos. A CPI da Covid no Senado, no entanto, apura irregularidades no contrato de compra dos imunizantes, entre elas a disparidade de doses da vacina contratada e ausência de fiscalização, ainda que temporária.

Na entrevista, Bolsonaro disse também que “nenhum lugar do Brasil recebeu vacina que não seja do governo federal”. A afirmação vem na esteira de questionamento dele da eficácia da Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, do Estado de São Paulo, primeira vacina contra a covid-19 a ser aplicada no País e que integra a lista de imunizantes do Plano Nacional de Vacinação.

Bolsonaro ainda responsabilizou jornalistas por reações intempestivas e pela associação entre o governo e supostos atos de corrupção na aquisição de vacinas. “De vez enquanto eu dou uns coices mesmo. É lamentável o nível das pessoas que nos entrevistam.”

Estadão Conteúdo

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