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Política & Poder

BNDES disponibiliza R$ 17 milhões para construção de museu no Cais do Valongo, no Rio

Segundo Mercadante, o museu foi escolhido pelo banco de fomento como um “projeto prioritário não reembolsado”

Redação Jornal de Brasília

23/05/2023 23h09

Atualizada 24/05/2023 0h03

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou nesta terça-feira, 23, que o banco de fomento está disponibilizando até R$ 17 milhões para a construção do museu e distrito cultural do Cais do Valongo, na região portuária do centro do Rio de Janeiro.

O banco destinará R$ 10 milhões a um fundo de financiamento do projeto, que prevê ainda a captação de mais R$ 10 milhões em recursos privados, para que chegue a R$ 20 milhões. Segundo Mercadante, o museu foi escolhido pelo banco de fomento como um “projeto prioritário não reembolsado”.

“Paralelamente, estamos alocando R$ 7 milhões para contratar consultores e especialistas para organizar a releitura, narrativa, reconstrução da memória, que é um processo histórico complexo”, disse o presidente do banco de fomento.

O anúncio foi feito por Mercadante na companhia das ministras da Cultura, Margareth Menezes, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, durante o encerramento do evento “Empoderamento Negro para Transformação da Economia”, promovido pelo BNDES em sua sede, no Rio de Janeiro. Considerado o principal ponto de desembarque de africanos escravizados das Américas, o sítio arqueológico do Cais do Valongo foi declarado Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.

O BNDES, que atua como coordenador executivo da iniciativa no Valongo, abrirá uma chamada pública em julho deste ano para selecionar o gestor do fundo de recursos. As atividades do fundo terão início em novembro de 2023. O banco espera inaugurar o edifício histórico do Cais do Valongo já restaurado em novembro de 2025. O museu ficaria pronto em 2026.

O trabalho contará com a participação do Comitê Gestor do Valongo. Segundo o banco de fomento, os recursos também serão usados para fortalecer as instituições que atuam na região para preservar a memória africana.

O cais foi descoberto em 2011, durante obras de revitalização da região portuária. Uma escavação arqueológica encontrou num terreno de quatro mil metros quadrados centenas de artefatos de matrizes africanas.

Estadão Conteúdo

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