Renato Machado
FolhaPress
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que pode ter se excedido ao determinar a detenção do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. No entanto, argumenta que havia evidências de que Dias estaria mentindo e que chegou um momento em que precisava tomar decisões.
“Eu posso até ter me excedido, mas no caso específico dele você vai pegando depoimento das pessoas e chega um momento que você tem que tomar decisões, quando me cobraram a prisão de Fábio Wangarten, ele foi o que mais trouxe contribuição, foi um documento que a Pfizer tinha mandado para várias autoridades e ninguém tinha respondido”, afirmou.
Aziz completou que fez vários apelos para que Dias contribuísse com a CPI, mas que foi ignorado. O presidente da CPI deu ênfase para a versão do depoente de que o jantar em que teria ocorrido o pedido de propina -divulgado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo- teria sido uma coincidência.
“O [policial militar Luiz Paulo] Dominghetti vem do interior de Minas coincidentemente. É mais fácil acertar na mega sena que essa coincidência acontecer. Tem vários shoppings em Brasília, ele vem de Minas Gerais, vai bater num shopping desse e encontra casualmente. Nós pedíamos [para falar a verdade] , ele insistia que foi casual”, disse.