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Política & Poder

Arthur Lira comemorou vitória na casa de Perboni, empresário réu por fraude

Deputada Celina Leão teria viabilizado o local. Perboni teria se apropriado indevidamente de R$ 3,8 milhões, segundo o MP

Willian Matos

03/02/2021 8h13

O presidente eleito da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, comemorou os mais de 300 votos na residência do empresário Marcelo Perboni, no Lago Sul. A casa fica numa “ponta de picolé — termo utilizado para imóveis que têm acesso direto ao Lago Paranoá.

A “festa da vitória” de Arthur Lira reuniu cerca de 300 pessoas, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Uma banda de sertanejo e pagode animou o evento.

A comemoração contou com a presença dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Fábio Faria (Comunicações), e dos deputados federais Joice Hasselmann (PSL-SP) e Julian Lemos (PSL-PB). O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, também compareceu.

Nas redes sociais, circulam imagens do evento. Veja um vídeo:

 

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, quem escolheu o local, inicialmente, foi a deputada federal Celina Leão, amiga da mulher do empresário, Daniela Perboni. Em contato com o Jornal de Brasília, no entanto, Daniela nega a informação. “A gente tem amigos do Brasil inteiro, trabalha em todos os estados do Brasil, e todos são amigos da gente de longa data”, afirmou.

Marcelo Perboni é réu por fraude. O empresário do ramo de hortifrutti foi denunciado pelo Ministério Público por fraudar a fiscalização tributária ao omitir receitas relativas a saídas de mercadorias.

“Marcelo Perboni, na condição de beneficiário dos lucros da atividade empresarial, apropriou-se de créditos de ICMS vedados pelo ordenamento jurídico, inserindo-os indevidamente em documentos e livros fiscais”, apontou o MP. O empresário teria se apropriado indevidamente de R$ 3,8 milhões.

O advogado que defende Perboni, Marcelo Bessa, disse ao Estadão que o crédito tributário já foi pago. “Estamos discutindo o débito, mas os valores já estão integralmente depositados, com juros e correção”. O empresário recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para trancar o caso, mas a liminar foi negada.

A reportagem tenta contato com Marcelo Perboni, sem sucesso até a última atualização. O espaço está aberto.

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