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Política & Poder

Advogado de Maluf reclama de rigor e diz que prisão domiciliar salvou a vida do político

Agência Estado

18/04/2018 16h33

Andre Dusek/Reuters

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse, nesta quarta-feira (18), que a decisão do ministro Dias Toffoli de mandar seu cliente, o deputado federal afastado Paulo Maluf (PP-SP), para prisão domiciliar, em 28 de março, “salvou a vida do paciente”. O Superior Tribunal Federal (STF) decide se mantém o político na atual condição.

Na ocasião, Toffoli atendeu a um pedido da defesa de Maluf e decidiu que o parlamentar cumpriria sua pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em casa. Ele foi condenado por lavagem de dinheiro durante sua gestão como prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1997, e estava encarcerado desde  20 de dezembro de 2017 na ala de idosos do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

“Esse deferimento com responsabilidade e autoridade veio a salvar o ora paciente. Essa decisão (de Toffoli) tomada com toda a seriedade salvou a vida do paciente. Pra mim, o bem protegido mais valioso é a liberdade, mais até do que a vida. Eu gosto da frase de Cervantes, na voz de Dom Quixote, ‘pela liberdade e pela honra, se deve arriscar a própria vida'”, comentou Kakay.

Kakay destacou em sua fala a “absoluta falta de condições de presídios de tratar um homem de 86 anos”. “Ele está com metástase, ele está perdendo a única visão que tem. Essa é a situação dramática pela qual passa o paciente (Maluf)”, ressaltou Kakay.

Surpresa

Kakay afirmou ter ficado “surpreendido” com a decisão do ministro Edson Fachin, que em 19 de dezembro do ano passado determinou o imediato início da execução da pena imposta a Paulo Maluf, condenado pela Primeira Turma da Corte a 7 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado.

“Fomos realmente surpreendidos, quando Vossa Excelência (dirigindo-se a Fachin) no dia 19 de dezembro, determinou o arquivamento (da ação), o trânsito em julgado e a prisão por um crime cometido há 20 anos. Tivemos mensalão. Lava Jato – Doutor Paulo não é citado na Lava Jato – , no entanto o rigor da lei caiu sobre ele”, criticou Kakay.

“Vossas Excelências podem muito, mas é bom que não possam tudo. Voto monocrático não é absoluto. Uma decisão monocrática pode ser errada, sim”, concluiu Kakay.

Fonte: Estadao Conteudo

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