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Política & Poder

Advogada afirma que termos de consentimento para estudo da Prevent eram genéricos

Uma das denúncias apresentadas era de que os pacientes não eram informados a respeito de quais medicamentos receberiam

FolhaPress

28/09/2021 13h35

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Constança Rezende e Renato Machado

Em depoimento à CPI da Covid, a advogada Bruna Morato, que representa médicos da Prevent Senior, afirmou que os termos de consentimento da empresa para pacientes e familiares, a respeito do estudo sobre uso do kit Covid para tratamento da Covid-19 eram “genéricos” e não informavam quais medicamentos receberiam. “O termo de consentimento era bem genérico, tanto o disponível no hospital quanto o que era enviado por SMS, que as pessoas apenas respondiam”, afirmou.

Uma das denúncias apresentadas pelos médicos da Prevent Senior era de que os pacientes não eram informados a respeito de quais medicamentos receberiam.

KIT COVID

A advogada Bruna Morato, que representa médicos da Prevent Senior, afirmou que a operadora não tinha a quantidade de leitos necessários para atender os pacientes infectados pelo novo coronavírus e adotou o chamado tratamento precoce para contar essa deficiência. “As mensagens de texto encaminhadas [pelos diretores da operadora aos médicos] mostram que a Prevent Senior não tinha a quantidade de leitos necessários de UTI”, afirmou durante o seu depoimento.

O relator Renan Calheiros então questionou se a adoção do kit Covid, com medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19, seria uma forma de reduzir custos. “Sim. É muito mais barato disponibilizar um conjunto de medicamentos do que providenciar a internação desses pacientes”, completou.

Alteração de tabela

A advogada Bruna Morato, que representa médicos da Prevent Senior, negou que ex-profissionais da operadora tenham alterado uma tabela com número de mortes por Covid-19, em estudo realizado em hospital da rede.

A operadora foi acusada de omitir sete mortes nesse estudo. Em depoimento à CPI da Covid, o diretor executivo da Prevent, Pedro Batista Júnior, afirmou que ex-médicos da operadora alteraram uma tabela para prejudicar a empresa.
“O doutor Pedro Batista também fez uma informação, prestou uma informação um tanto quanto equivocada com relação aos nomes que foram divulgados. Eu disponibilizei a tabela com o nome dos participantes [para a CPI] e fiz a verificação de cada um dos óbitos. As nove pessoas que estavam na tabela continuam falecidas”, afirmou.

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