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Política & Poder

A CPI se encerrará ou não em setembro? Senadores avaliam

Omar Aziz e Renan Calheiros preveem a entrega na próxima semana caso não haja fatos novos; Randolfe alerta para novos depoimentos

Willian Matos

15/09/2021 10h41

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A CPI da Pandemia está próxima do fim dos trabalhos. A expectativa cravada há semanas é de que o relatório final seja entregue na segunda. Contudo, há ainda alguns depoimentos a serem colhidos. Na manhã desta quarta-feira (15), senadores avaliaram se haverá postergação das atividades ou se a conclusão está de fato próxima.

Uma reunião fechada entre integrantes da CPI está marcada para a noite de hoje, na casa do presidente Omar Aziz (PSD-AM), para definir a data da entrega do relatório. O vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) confirmou o encontro. “Particularmente, eu não sei se está tão certo nós fazermos a apresentação do relatório na semana que vem. Diante de fatos, de informações, talvez nós tenhamos que fazer a apresentação somente na última semana de setembro”.

Randolfe citou também que há ainda pelo menos quatro pessoas a serem ouvidas: Karina Kufa, Danilo Trento, Ana Cristina Bolsonaro e Élcio Franco. “Só esses quatro já ocupariam toda a semana que vem e teria mais um para a semana seguinte”, disse. Se for este o caminho, o relatório seria entregue apenas em outubro. O senador não descarta a possibilidade.

O presidente Omar Aziz diverge em alguns pontos, como a convocação de Karina Kufa e a posição de cada depoimento que ainda falta. Aziz relembrou que a comissão pode ouvir cinco pessoas em uma semana, o que desobrigaria o colegiado a marcar uma única oitiva para a última semana de setembro, como citou Randolfe.

Aziz citou ainda que acredita que o relatório deva ser entregue entre os dias 24 e 25, mas declarou: “Se houver fatos novos, [a CPI] não precisa acabar dia 29, pode se estender”. A comissão tem até o fim de novembro para concluir os trabalhos.

O relator Renan Calheiros (MDB-AL) confirmou que a reunião de hoje à noite deve definir a data de entrega. Calheiros citou ainda que terá encontros com juristas nos próximos dias, dentre eles membros da OAB, que “também tem sugestões, colaborações a fazer”.

Renan afirma que, se não houver fatos novos, a CPI deve mesmo ser concluída ainda neste mês, mas prevê que a próxima semana de depoimentos terá “temperatura absolutamente elevada”.

A comissão ouve hoje Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria. A CPI apura suspeita de que ele teria feito lobby no Ministério da Saúde para favorecer algumas empresas, como a Precisa Medicamentos. Chamado para depor no início do mês, Faria não compareceu alegando sentir dores na pelve.

O nome do Marconny surgiu na CPI da Covid após o Ministério Público Federal, no Pará, compartilhar o conteúdo de seu celular, apreendido na Operação Hospedeiro, com os senadores. Conversas do WhatsApp mostram que o lobista tem bom relacionamento com pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro.

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