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Opinião

O avanço da Inteligência Artificial na medicina

O uso da inteligência artificial e de equipamentos inovadores já é uma realidade em clínicas de cirurgia plástica

Redação Jornal de Brasília

14/06/2023 11h03

Foto: Divulgação

A inteligência artificial (IA) está revolucionando diversos setores da sociedade, e a cirurgia plástica não é exceção. O uso da inteligência artificial e de equipamentos inovadores já é uma realidade em clínicas de cirurgia plástica garantindo aos pacientes avaliações ainda mais personalizadas e tratamentos mais eficazes, com previsibilidade de resultados e maior segurança.

Especificamente a cirurgia plástica, reconhecida como inovadora e capaz de adotar novidades precocemente, deve ser significativamente impactada com o uso da IA. Isso exigirá de seus especialistas a integração rápida à nova realidade.

A capacidade da IA de analisar instantaneamente imensa quantidade de documentação clínica auxilia os profissionais do setor e médicos a identificar marcadores e tendências de doenças que, de outra forma, seriam ignorados. Esses equipamentos já permitem que o cirurgião faça ajustes precisos na abordagem cirúrgica como parte do planejamento pré-operatório, minimizando os riscos de resultados indesejados.

A partir de estudos e softwares cada vez mais sofisticados, já existem robôs capazes de auxiliar a equipe médica em cirurgias cada vez mais complexas. Robotização em constante desenvolvimento para que cada dia mais proporcione recursos que venham a impactar em segurança, conforto e precisão em exames, cirurgias e outros procedimentos.

A verdade é que o avanço da Tecnologia da Informação surpreende a cada dia. Ferramentas que levariam décadas para serem desenvolvidas em outras épocas, surgem agora em poucos meses e evoluem ainda mais rapidamente. Vê-se isso com o ChatGPT, que apresenta potencial de transformar a medicina e a saúde, processar grandes quantidades de informações médicas e traduzi-las.

Na área da saúde, a inteligência artificial promete facilitar processos e proporcionar novos recursos para os profissionais. Para a cirurgia plástica, pode proporcionar a chance de resultados mais adequados, procedimentos precisos e a associação de novas possibilidades cirúrgicas.

As associações profissionais e revistas da área criaram forças-tarefas para identificar como esse processo pode ser útil e entender quais limitações e preocupações éticas acompanharão essa evolução.

Profissionais de vários setores estão se debruçando para entender a complexidade que essa transformação segue provocando.

É necessário ressaltar que a Inteligência Artificial chegou para somar, e não para substituir.

A IA deve ser vista como uma ferramenta complementar para auxiliar os profissionais na tomada de decisões com responsabilidade sem sobretudo colocarmos em dúvida a competência humana. A tecnologia pode ser útil, mas não pode substituir a compreensão profunda do médico sobre a anatomia e fisiologia do corpo humano, assim como a sua percepção e sensibilidade com respeito integral ao juramento hipocrático, exercendo a arte da medicina com consciência e dignidade.

EDUARDO SUCUPIRA – Cirurgião Plástico, realizou a sua formação no Serviço do Prof. Ivo Pitanguy(1997-1999). É Especialista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). Membro internacional da American Society for Aesthetic Plastic Surgery (ASAPS). Mestre e Doutor pelo Programa de Cirurgia Translacional da Escola Paulista de Medicina pela Universidade Federal de São Paulo.

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