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Opinião

Libertação da Itália: uma homenagem à FEB e à história compartilhada

A participação da Força Expedicionária Brasileira nesse capítulo da história não apenas libertou uma região, mas também estreitou laços entre Brasil e Itália

Redação Jornal de Brasília

01/05/2024 10h26

Por: Renata Bueno*

No último mês, comemoramos um marco significativo na história ítalo-brasileira: a libertação da Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, no dia 25 de abril, a Itália testemunhou um momento histórico que marcaria o fim de uma era e para entender melhor, vou contextualizar os acontecimentos que o ocorreram antes.

O regime fascista de Mussolini havia mergulhado a Itália em vinte anos de ditadura e cinco anos de guerra. O Comitê da Alta Itália de Libertação Nacional proclamou uma agitação geral nessa data. As forças partidárias foram convocadas a unir-se no Corpo de Voluntários da Liberdade para expulsar as tropas alemãs. Essa agitação não apenas marcou o fim da fase militar da Resistência, mas também significou o fim da ditadura fascista na Itália. Cidades como Bolonha, Gênova e Veneza foram libertadas, encerrando anos de ocupação e opressão.

25 de abril não apenas libertou a Itália, mas também deu início a um novo capítulo na história do país. Consolidando os valores democráticos e a liberdade do povo italiano. Hoje, a Itália celebra não apenas a libertação do passado, mas também a resiliência e coragem do povo italiano que lutou incansavelmente pela sua liberdade.

A participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) nesse capítulo da história não apenas libertou uma região, mas também estreitou laços entre Brasil e Itália que duram até hoje. A FEB tratou os italianos não como adversários, mas como amigos em tempos difíceis, um gesto que foi fundamental para a construção de uma relação duradoura entre nossos países. Um dos momentos mais emblemáticos foi a rendição de uma divisão alemã de cerca de 15 mil soldados ao Brasil, demonstrando o respeito mútuo e a coragem das tropas brasileiras.

Essa conexão histórica é um lembrete poderoso da importância de preservar e celebrar nossas relações, não se limita ao passado; ela faz parte do nosso presente, inspirando-nos a valorizar e celebrar nossas relações internacionais baseadas em respeito, cooperação e solidariedade. O Dia da Libertação é mais do que uma data no calendário; é um lembrete da força do espírito humano e da determinação de um povo em buscar um futuro melhor.

Renata Bueno é uma parlamentar ítalo-brasileira nascida em 1979 em Brasília, DF, Brasil. Conhecida por seu envolvimento na política e na defesa dos direitos dos descendentes de italianos no Brasil. Renata Bueno foi eleita deputada federal em 2010, sendo a primeira mulher eleita pelo Partido Socialista Italiano (PSI) fora da Itália. Sua atuação política tem sido focada em temas relacionados à cidadania italiana, imigração, e fortalecimento dos laços entre Brasil e Itália. Ela é presidente da Associação pela Cidadania Italiana no Brasil e tem trabalhado para facilitar o processo de reconhecimento da cidadania italiana para descendentes de italianos no país. Além de parlamentar, Renata é advogada e empresária, com o Instituto Cidadania Italiana e Mozzarellart.

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