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Opinião

Bodycams: o que o setor privado nos mostra?

Os números pelo mundo mostram o sucesso desse modelo, adotado nos Estados Unidos, no Reino Unido e na União Europeia

Redação Jornal de Brasília

02/05/2024 10h59

Por Marcelo Tardin*

O uso de câmeras corporais pelas forças públicas de segurança vem cada vez mais sendo debatido no país, mas muitas vezes fica restrito a uma possível dicotomia entre liberdade policial e transparência. Os números pelo mundo mostram o sucesso desse modelo, adotado nos Estados Unidos, no Reino Unido e na União Europeia. E, se isso não for suficiente, outros segmentos e o setor privado têm muito a ensinar.

No Japão e em Hong Kong, por exemplo, profissionais como maquinistas de trem e fiscais de ambulantes, respectivamente, utilizam essa tecnologia. No Reino Unido, o grupo varejista Tesco, com mais de 2.800 lojas, também adotou com sucesso as bodycams. E aqui no Brasil, desde 2021, essa medida tem sido implementada pelo Grupo Carrefour Brasil.

A primeira cidade a receber essa nova tecnologia foi Porto Alegre. Hoje os fiscais internos e de segurança das 84 lojas gaúchas — e mais de 800 em todo o país — estão equipados com câmeras corporais. São mais de 4.000 equipamentos em nossas unidades de varejo, atacado e clube de compras, que visam dar mais transparência para as interações entre colaboradores e clientes, além de proporcionar espaços seguros para todos.

Investimos R$ 16 milhões nessa iniciativa, que contou também com a compra de câmeras para os seguranças terceirizados — e as empresas que os contratam passaram a ser obrigadas a utilizar as bodycams. Desde então, a medida reduziu em mais de 30% o número de incidentes nas lojas do Grupo, em um levantamento feito nas primeiras 150 unidades onde os equipamentos foram implementados.

O tamanho e a responsabilidade do maior grupo varejista no Brasil demandam ações inovadoras, que possam conduzir o varejo, e a iniciativa privada como um todo, a um novo patamar. O sucesso das bodycams em nossa rede se soma a diversas experiências mundiais do setor privado — e é apenas um pilar do nosso trabalho na busca por espaços seguros e livres de violência e desrespeito.

Com dados, tecnologia, transparência, educação e capacitação, podemos proporcionar lugares mais seguros, sejam eles espaços públicos ou privados. As câmeras corporais são mais um elemento importante para ampliar a segurança das pessoas, protegendo indivíduos e agentes de segurança.

Diretor Executivo de Transformação do Grupo Carrefour Brasil

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