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Brasília

O amor está acima de uma traição?

Para o dono desse cartaz, sim, tanto que ele implora pelo retorno de Ana, sua amada, mesmo após uma pulada de cerca

Ary Filgueira

04/02/2022 11h43

A cidade do Gama dormiu e amanheceu com um tipo de mobiliário urbano intrigante. Foram afixadas nos principais pontos de diversão da cidade faixas com a seguinte inscrição em letras garrafais: Ana, mesmo que você me traindo lá no Sarará, eu ainda te amo. Por favor, volta pra mim (sic).

Pronto. Está feito o mistério. A partir desse pedido insólito e de pura abnegação dos pecados modernos que afetam a sociedade, como ciúme, ódio, traição e a obrigatória monogamia, a cidade não fala em outra coisa a não nos dizeres dessa faixa.

Para quem não sabe, o Sarará é o barzinho da moda na cidade. Lá, se reúne gente de várias faixas etárias, como este que voz escreve. Mas, ao contrário de mim, o bar, que parafraseou e estampou na camisa dos garçom a conhecidíssima frase “Lar doce bar (Lar doce lar, no original)”, é predominantemente frequentado por jovens.

E eles não perdoam. Curiosos pela própria natureza, correram com a foto da faixa em grupos, redes sociais, festas, ônibus. Todos à procura do autor (ou autora) do pedido e do perdão de um ato que essa sociedade moderna (mas arcaica) classifica como traição.

Então, só nos resta procura-lo. Enquanto isso, todo mundo que possui o nome Ana (mesmo que abreviado), é suspeito.  

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