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Ucrânia rejeita ideia de neutralidade baseada em modelo austríaco ou sueco

Ele disse ainda que os signatários deveriam se comprometer com uma intervenção em caso de agressão contra a Ucrânia

Redação Jornal de Brasília

16/03/2022 9h16

A Ucrânia pede “garantias em termos de segurança” nas negociações com a Rússia e rejeita a ideia de adotar uma “neutralidade” que tenha como modelo a Suécia ou a Áustria, anunciou a presidência do país.

“A Ucrânia está em uma guerra direta com a Rússia. Portanto, o modelo só pode ser ‘ucraniano’ e apenas com base em garantias sólidas em termos de segurança”, afirmou o negociador Mikhailo Podolyak, em comentários publicados pelo gabinete do presidente Volodymyr Zelensky.

Ele disse ainda que os signatários deveriam se comprometer com uma intervenção em caso de agressão contra a Ucrânia.

“Isto significa que os signatários das garantias não podem ficar à margem em caso de ataque contra a Ucrânia como acontece hoje, e que participarão ativamente no conflito do lado ucraniano e fornecerão imediatamente as armas necessárias”, disse Podolyak.

Kiev pede ainda uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia em caso de ofensiva contra seu território, acrescentou o negociador.

Alguns minutos antes, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, mencionou que Áustria e Suécia poderiam ser considerados modelos de neutralidade pela Ucrânia para chegar a um compromisso.

As duas partes negociam por videoconferência desde segunda-feira e as conversações prosseguem nesta quarta-feira, quando a ofensiva russa em território ucraniano completa três semanas.

A Suécia, país não alinhado, não é membro da Otan, mas é aliado da Aliança desde meados dos anos 1990. O país abandonou oficialmente sua neutralidade ao final da Guerra Fria, período que também coincidiu com sua entrada na União Europeia (UE).

Áustria é um país neutro e não pode enviar soldados a um país em guerra, com exceção das missões da ONU.

Na terça-feira, Zelensky deu um passo na direção da Rússia e afirmou que era necessário aceitar que seu país nunca será membro da Otan.

Esta possibilidade é um dos principais argumentos usados pela Rússia para justificar a ofensiva contra a Ucrânia.

© Agence France-Presse

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