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Taiwan diz à China que não há espaço para concessões em questões de liberdade e democracia

A governante Tsai Ing-wen comparou a invasão da Ucrânia pela Rússia às ameaças de Pequim de um dia assumir o controle de Taiwan

Redação Jornal de Brasília

10/10/2022 15h36

Foto: DIvulgação

A presidente de Taiwan alertou a China nesta segunda-feira (10) que a ilha nunca desistirá de seu modo de vida e liberdades democráticas, em um discurso que marca o feriado do Dia Nacional.

A governante Tsai Ing-wen comparou a invasão da Ucrânia pela Rússia às ameaças de Pequim de um dia assumir o controle de Taiwan, pela força se necessário.

“Nós absolutamente não podemos ignorar o desafio que essas expansões militares representam para a ordem mundial livre e democrática. Esses eventos estão inextricavelmente ligados a Taiwan”, disse ela.

Os 23 milhões de habitantes da ilha vivem sob constante ameaça de uma invasão chinesa, e a guerra da Rússia na Ucrânia alimentou temores de que Pequim possa tentar algo semelhante com Taiwan.

Tsai insistiu que Taiwan não quer se tornar parte da China.

“O consenso mais amplo entre o povo taiwanês e nossos vários partidos políticos é que devemos defender nossa soberania nacional e nosso modo de vida livre e democrático”, insistiu. “Neste ponto, não há espaço para ceder”, afirmou.

Taiwan e China foram separados após o fim da guerra civil chinesa em 1949.

“Nos últimos 73 anos, o povo de Taiwan viveu e se desenvolveu junto nesta terra e forjou seu próprio senso de identidade e pertencimento”, disse Tsai.

O presidente chinês Xi Jinping aumentou a pressão diplomática, econômica e militar contra Taiwan nos últimos anos e é um importante aliado do presidente russo, Vladimir Putin.

Xi, que é o líder chinês mais autoritário em uma geração, está prestes a garantir um terceiro mandato este mês e fez da aquisição de Taiwan um pilar central de seu plano de “rejuvenescimento nacional”.

© Agence France-Presse

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