A China registrou nesta segunda-feira (10) mais de 2.000 novos casos positivos de covid-19, o número mais elevado no último mês, a poucos dias do início do congresso do Partido Comunista da China (PCC).
A partir de domingo, o partido no poder realizará um importante congresso na capital chinesa, no qual se espera que o presidente Xi Jinping ganhe um terceiro mandato sem precedentes.
Antes deste importante evento, as autoridades reforçaram as restrições sanitárias em todo o país para evitar imprevistos.
Em Xangai, dezenas de milhares de pessoas foram confinadas nesta segunda-feira. No fim de semana, vários bairros da capital econômica do país ficaram em quarentena depois que 23 casos positivos foram detectados na sexta-feira.
A China é a última grande potência econômica que mantém uma estratégia de “zero covid”, que implica o confinamento de pessoas contaminadas e testes de PCR generalizados e obrigatórios para acessar locais públicos.
Em Xianjian (noroeste), as autoridades proibiram os deslocamentos internos. Em Xangai, a população teme o retorno de novas medidas mais radicais.
Na primavera, as autoridades haviam confinado os 25 milhões de habitantes da metrópole sem aviso prévio.
Alguns moradores de Pequim que deixaram a cidade para o feriado nacional de 1º de outubro declararam desesperadamente nas redes sociais que não foram autorizados a entrar novamente, apesar de terem viajado para áreas sem restrições de saúde.
Nas últimas semanas, o país vem passando por surtos da epidemia, especialmente na Mongólia Interior (norte).
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