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Soldados israelenses mataram três reféns ‘por engano’ em Gaza

À noite, o chefe do governo, Benjamin Netanyahu, lamentou “uma tragédia insuportável” que enlutou “todo o Estado de Israel”

Redação Jornal de Brasília

15/12/2023 18h33

Foto: Divulgação/AFP

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lamentou “uma tragédia insuportável” após a morte na Faixa de Gaza de três reféns israelenses mantidos pelo Hamas, que foram identificados “por engano” como uma “ameaça” e foram mortos a tiros por soldados.

A tragédia ocorreu em Shejaiya, no norte de Gaza, quando “o exército identificou por engano três reféns israelenses como uma ameaça”, anunciou seu porta-voz, Daniel Hagari.

“Como resultado, os soldados atiraram neles e os mataram”, acrescentou, observando que os reféns “tinham escapado ou tinham sido abandonados” por seus sequestradores.

O Exército israelense expressou seu “forte pesar pelo trágico incidente”.

À noite, o chefe do governo, Benjamin Netanyahu, lamentou “uma tragédia insuportável” que enlutou “todo o Estado de Israel”.

As vítimas foram identificadas como Yotam Haïm, um baterista de heavy metal de 28 anos, e Samer al Talalka, um beduíno de 25 anos. Ambos foram sequestrados no kibutz Nir Am durante o ataque do movimento islamista palestino em 7 de outubro no sul de Israel.

O terceiro refém morto foi Alon Lulu Shamriz, de 26 anos, residente no kibutz Kfar Aza, segundo a mesma fonte. Os corpos foram repatriados para Israel.

O exército destacou que os três morreram “em uma zona de combate ativa” onde os soldados israelenses estão travando “uma batalha contínua há vários dias” contra os combatentes do Hamas.

Essas mortes elevam para 22 o número de reféns confirmados mortos, de um total de cerca de 250 pessoas que foram levadas à força pelo Hamas para a Faixa de Gaza. Dentre elas, 110 foram libertadas e 129 permanecem em cativeiro sem saber se estão vivas.

A guerra na Faixa de Gaza começou em resposta ao ataque sangrento do Hamas em 7 de outubro, sem precedentes na história de Israel, no qual cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, morreram, de acordo com as autoridades.

Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza. Pelo menos 18.800 pessoas, 70% delas mulheres, crianças e adolescentes, morreram nos bombardeios israelenses, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007.

Após bombardear intensamente o pequeno território costeiro, governado pelo movimento islamista palestino, Israel lançou uma ofensiva terrestre em 27 de outubro.

© Agence France-Presse

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