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Sobe para 18 mortos em protestos no Peru, e turistas não conseguem sair do país

a cerca de 500 quilômetros de Cusco. Manifestantes atearam fogo às sedes locais do poder Judiciário e da Promotoria em resposta à decisão da Suprema Corte de estender por 18 meses a prisão preventiva de Castillo

FolhaPress

16/12/2022 16h10

Foto: Carlos Mamani/ AFP

O número de mortes nos atos em defesa do ex-presidente do Peru, Pedro Castillo, subiu para 18 pessoas, anunciou a ministra da Saúde, Rosa Gutiérrez, nesta sexta-feira (16). A violenta onda de protestos iniciada após a fracassada tentativa de golpe do ex-líder foi responsável por ainda mais bloqueios de rodovias e pelo fechamento de cinco aeroportos no país.

Oito destas mortes ocorreram nesta quinta-feira (15), em Ayachucho, a cerca de 500 quilômetros de Cusco. Manifestantes atearam fogo às sedes locais do poder Judiciário e da Promotoria em resposta à decisão da Suprema Corte de estender por 18 meses a prisão preventiva de Castillo.

Munidos de pedras e paus, os apoiadores do ex-presidente ainda tentaram tomar o aeroporto da cidade. Foram contidos pelo Exército, que passou a ajudar a polícia a garantir a manutenção da segurança pública desde que a presidente Dina Boluarte declarou estado de emergência em todo o país na quarta-feira.

A ministra da Saúde disse que ainda foram contabilizadas seis mortes de acidentes vinculados ao bloqueio de vias, como atropelamentos.

O tumulto causado pelos apoiadores de Castillo também afetou o turismo, setor responsável por cerca de 4% do PIB peruano. De acordo com o prefeito do distrito vizinho a Machu Picchu, cerca de 5.000 turistas estão presos em Cusco, e aguardam em seus hotéis que seus voos sejam retomados.

Os manifestantes exigem a antecipação das eleições, o fechamento do Congresso, a criação de uma Assembleia Constituinte e a renúncia de Boluarte, ex-vice de Castillo que tomou posse quando ele foi afastado pelo Congresso.

Castillo é acusado de rebelião e conspiração após uma tentativa fracassada de golpe de Estado. Ele nega as acusações, e afirma seguir o líder do país por direito –ele tem se comunicado com seus apoiadores por meio de seu perfil no Twitter, onde posta mensagens escritas à mão assinadas como “presidente constitucional do Peru”.

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