A situação do sistema de energia elétrica de Cuba continua “tensa”, disse nesta quinta-feira (21) o ministro cubano de Energia e Minas, Vicente de la O Levy, embora tenha descartado a possibilidade de outro apagão geral nos próximos dias.
“No Sistema Elétrico Nacional temos uma situação difícil, tensa”, mas “diferente daquele momento”, explicou De la O Levy, em declarações divulgadas pela televisão cubana.
Em 18 de outubro, a eletricidade da ilha colapsou, após uma falha em sua principal usina elétrica e devido “a um déficit total de combustível”, segundo o ministro, o que provocou um gigantesco apagão que deixou sem energia quase toda a população, de 10 milhões de pessoas, por quatro dias.
De la O Levy falou em um dia em que o déficit de geração estimado pela Empresa Nacional de Eletricidade (UNE) para o horário de maior demanda alcança níveis de 50%, semelhante ao registrado um dia antes do colapso do sistema.
“Há um grande déficit de geração”, mas “as condições não estão para que o sistema caia”, acrescentou o ministro. “Temos déficit de combustível, mas não estamos em zero”, assegurou.
Ele indicou que durante esta quinta-feira e nos próximos dias “será grande o impacto”, mas “começará a diminuir” no sábado e no domingo.
O envelhecimento das oito centrais termelétricas do país e a redução das importações de petróleo da Venezuela, principal aliado da ilha, nos últimos dois anos, deixaram Cuba em uma situação extremamente vulnerável.
Quanto ao combustível, De la O Levy enfatizou que “há contratos feitos para a continuidade” dos suprimentos, e que há combustível “chegando pouco a pouco”.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que seu país seguirá apoiando Cuba em questões energéticas por “razões humanitárias” e confirmou o recente envio de um carregamento de petróleo para a ilha.
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