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Senado vota confirmação de Hegseth como chefe do Pentágono

A Constituição americana exige que nomeações de funcionários do alto escalão sejam confirmadas pelo Senado, após uma audiência no comitê competente

Redação Jornal de Brasília

24/01/2025 19h17

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(ARQUIVOS) O apresentador Pete Hegseth fala no palco durante o FOX Nation Patriot Awards de 2023 no The Grand Ole Opry em 16 de novembro de 2023 em Nashville, Tennessee. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em 12 de novembro de 2024, nomeou o veterano militar e apresentador da Fox News Pete Hegseth para servir como secretário de defesa quando o republicano retomar a Casa Branca em janeiro (Foto de Terry WYATT / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

O Senado votará na noite desta sexta-feira (24) a confirmação de Pete Hegseth, 44, como chefe do Pentágono, após semanas de polêmica devido a acusações contra esse ex-militar de agressão sexual, consumo excessivo de álcool e falta de experiência.

A Constituição americana exige que nomeações de funcionários do alto escalão sejam confirmadas pelo Senado, após uma audiência no comitê competente.

Os republicanos ocupam 53 das 100 cadeiras da câmara alta, mas duas senadoras da maioria indicaram que votarão contra a nomeação de Hegseth, que também é apresentador do canal Fox News, o preferido dos conservadores americanos.

Para a senadora Lisa Murkowski, a nomeação levanta “preocupações importantes”. Ela também citou a oposição de Hegseth a que as mulheres sirvam em tropas de combate, uma declaração da qual ele se retratou.

Caso outros dois republicanos se unam a essas senadoras, a nomeação seria rejeitada, o que é improvável de acontecer.

‘Cultura guerreira’

Hegseth deve assumir a chefia de um departamento que emprega cerca de 3 milhões de soldados, reservistas e civis, e tem um orçamento de US$ 850 bilhões (cerca de R$ 5 trilhões) anuais. Segundo ele, sua missão principal será “devolver a cultura guerreira” ao Pentágono.

O anúncio da nomeação de Hegseth gerou protestos da oposição em novembro. No Comitê de Serviços Armados, senadores democratas o bombardearam com perguntas sobre a acusação de agressão sexual, que remonta a 2017, na Califórnia.

O ex-militar nega ter mantido relações não consentidas, e fechou um acordo financeiro com a mulher que o acusou, para evitar um processo.

‘Vencedor’

Os democratas multiplicam as críticas à capacidade de Hegseth. Durante a audiência de confirmação, a senadora Tammy Duckworth afirmou que ele não está apto ao cargo.

Essa ex-piloto de helicóptero de combate, que teve as pernas amputadas após sua aeronave ser atingido por um foguete no Iraque, em 2004, criticou a oposição de Hegseth à presença de mulheres nas tropas de combate.

Hegseth também é suspeito de consumo excessivo de álcool. “Um de seus colegas disse que você estava tão bêbado durante um ato em um bar, que gritou ‘Mate todos os muçulmanos'”, destacou a senadora Elizabeth Warren, durante a audiência.

Apesar das críticas a Hegseth, Trump afirma que ele é “um vencedor”.

© Agence France-Presse

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