Nesta sexta-feira, 15, a Rússia ameaçou intensificar seus ataques contra Kiev, após acusar a Ucrânia de bombardear cidades em seu território e o naufrágio de seu navio simbólico no Mar Negro. O navio de mísseis, afundou na quinta-feira, de acordo com Moscou foi um acidente, porém Kiev afirma que foi um de seus mísseis.
“O número e a magnitude dos ataques com mísseis em locais de Kiev aumentarão em resposta a todos os ataques e sabotagens do tipo terrorista realizados em território russo pelo regime nacionalista de Kiev”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
Simultaneamente, o ministério informou a destruição de uma fábrica de mísseis terra-ar perto da capital ucraniana.
Horas antes, durante a noite, as autoridades regionais ucranianas relataram explosões ao sudoeste de Kiev, no distrito de Vasylkiv.
Os alarmes antiaéreos soaram várias vezes nas últimas horas, disse o governador da região de Kiev, Olexandre Pavliuk, no Telegram.
Moscou afirma que a Ucrânia bombardeou cidades russas na fronteira, alegações negadas por Kiev. Segundo os ucranianos, são os serviços secretos russos que realizam “ataques terroristas” naquela região para alimentar a “histeria antiucraniana” na Rússia.
O Comitê de Investigação da Rússia afirmou que dois helicópteros ucranianos “equipados com armas pesadas” entraram em seu território e dispararam “pelo menos seis tiros em casas residenciais na cidade de Klimovo”, na região de Briansk. Havia sete feridos, incluindo um bebê.
A Rússia também afirmou nesta sexta-feira ter matado 30 “mercenários poloneses” em um bombardeio no nordeste da Ucrânia, em um momento de tensão crescente entre Moscou e Varsóvia.
A guerra, agora, está limitada à extensa área industrial na costa. As forças russas e seus aliados separatistas em Donetsk prevaleceram e gradualmente apertaram seu terrível cerco.
A conquista de Mariupol seria uma vitória importante para as forças russas, pois permitiria consolidar sua posição no Mar de Azov, unindo Donbass e a península da Crimeia, que Moscou anexou em 2014.
O bombardeio também continua na parte leste da Ucrânia. Segundo o governo regional, mais de 500 civis, incluindo 24 crianças, foram mortos na região de Kharkiv (nordeste) desde o início da ofensiva.