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Rússia acusa Ucrânia de mudar exigências feitas em negociações na Turquia

“Esta incapacidade de se encontrar, mais uma vez, um acordo negociado mostra as verdadeiras intenções de Kiev…” declarou Serguei Lavrov

Redação Jornal de Brasília

07/04/2022 9h59

A Rússia acusou a Ucrânia, nesta quinta-feira (7), de ter mudado de ideia e modificado algumas de suas próprias propostas apresentadas durante as negociações feitas no final de março, em Istambul, e que havia sido recebidas favoravelmente por Moscou.

“Esta incapacidade de se encontrar, mais uma vez, um acordo negociado mostra as verdadeiras intenções de Kiev, que parece trabalhar para que as negociações se arrastem, ou fracassem”, declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, em um vídeo, no qual acusou as autoridades ucranianas de estarem sendo “controladas por Washington e seus aliados”.

Ontem, relatou Lavrov, os negociadores ucranianos “apresentaram um projeto de acordo, no qual está claro que recuaram nos pontos mais importantes pactados em 29 de março em Istambul”.

Segundo Lavrov, no texto das propostas feitas na Turquia, os ucranianos haviam excluído a península da Crimeia – anexada pela Rússia em 2014 – das garantias de segurança e de integridade territorial reivindicadas por Kiev. Em um novo documento apresentado na quarta-feira, porém, este ponto desapareceu.

O chanceler russo disse que as autoridades ucranianas estão pedindo aos presidentes de ambos os países que negociem, diretamente, a questão da Crimeia e do Donbass. Esta última é uma região no leste da Ucrânia, na qual separatistas pró-Rússia e forças armadas controladas por Kiev se enfrentam desde 2014.

Lavrov afirmou ainda que o governo ucraniano também mudou de posição em relação a um ponto, segundo o qual a Rússia poderia se opor a qualquer manobra militar envolvendo tropas estrangeiras em território ucraniano.

“Com tudo isso, vemos que o regime de Kiev está controlado por Washington e por seus aliados, que pressionam o presidente (ucraniano Volodymyr) Zelensky a levar os combates adiante”, completou Lavrov.

© Agence France-Presse

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