Rice pedirá unidade à Otan para apoiar <i>transição</i> no Kosovo

A secretária de Estado americana, patient Condoleezza Rice, pedirá aos ministros do Exterior dos países da Otan que mantenham a unidade para apoiar uma transição suave e em calma no Kosovo.

Diplomatas americanos asseguraram hoje que esta será a mensagem de Rice durante o jantar dos ministros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na próxima quinta-feira, concentrada no problema do Kosovo.

Os Estados Unidos defendem manter a todo custo a paz e a segurança na província, mas estão dispostos a apoiar a independência do território, que pertence à Sérvia. No dia 10, será entregue o relatório dos mediadores que tentaram, sem sucesso, chegar a um acordo entre Belgrado e Pristina. Em seguida, os albaneses ameaçam proclamar a separação.

A primeira coisa que vamos fazer é reafirmar nosso compromisso com a KFOR (a força da Otan destinada ao Kosovo) e combater qualquer ameaça à segurança que venha de qualquer direção, explicaram as fontes.

A aliança ocidental fez diferentes planos em função dos possíveis cenários que podem ocorrer na região dos Bálcãs, onde os EUA instalaram uma de suas maiores bases militares no exterior.

Os ministros revisarão as contingências tanto durante o jantar da quinta-feira, quanto no dia seguinte, durante o Conselho. O Alto Representante para a Política Externa e de Segurança Comum da União Européia, Javier Solana irá ao jantar.

A questão, segundo Washington, é que qualquer que seja a situação, os países da Otan a enfrentem com unidade.

No entanto, países como a Espanha e a Grécia não vêem com bons olhos uma declaração unilateral de independência kosovar.

As fontes se referiram à decisão de continuar com a missão no Kosovo, reiterada durante a passada reunião informal da Otan em Noordwijk (Holanda), e que não seria de estranhar se esta mensagem for repetida mais contundentemente na sexta-feira.

Sobre a possibilidade de um futuro transferência para a UE da missão militar e política no Kosovo, os diplomatas consideraram que são os países-membros que devem responder se estariam preparados para assumir o desafio.