O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu neste sábado (24) tomar medidas “firmes” contra a “ameaça mortal” representada pela rebelião armada do grupo paramilitar Wagner e afirmou que não permitirá que ocorra outra “guerra civil” na Rússia.
“Não permitiremos que isso aconteça novamente”, declarou Putin durante um discurso direcionado à nação, referindo-se à guerra civil que eclodiu na Rússia após a Primeira Guerra Mundial. “Qualquer agitação interna é uma ameaça mortal para o nosso Estado, para a nossa nação. É um golpe contra a Rússia, contra o nosso povo. E as nossas ações para proteger a nossa pátria de uma ameaça como essa serão firmes”, acrescentou.
O presidente russo falou por telefone com seu aliado mais próximo, o chefe de Estado bielorrusso, Alexander Lukashenko, reportou, neste sábado (24), a agência de notícias bielorrussa Belta.
Trata-se do primeiro contato internacional de Putin desde o início desta rebelião, iniciada na noite de sexta-feira pelo líder do grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin.
“O presidente russo telefonou esta manhã para o presidente bielorrusso” para informá-lo “da situação na Rússia”, noticiou a agência Belta, citando o serviço de imprensa de Lukashenko.
Autoridades da ocupação russa em regiões ucranianas expressaram, neste sábado (24), apoio ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. Os dirigentes russos das regiões de Donetsk e Lugansk (leste), e de Zaporizhzhia e Kherson (sul), declararam, em comunicados separados publicados no Telegram, que suas respectivas regiões estão “com o presidente!”. A Rússia reivindica a anexação destas regiões.
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