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Protestos e cerimônias na Europa marcam aniversário da guerra na Ucrânia

Uma multidão fez um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Praça da Liberdade em Tallinn, capital da Estônia

Redação Jornal de Brasília

24/02/2023 15h57

Foto: Odd ANDERSEN / AFP

Manifestantes colocaram, nesta sexta-feira (24), os restos de um tanque russo em frente à embaixada de Moscou em Berlim, no primeiro aniversário da invasão da Ucrânia, que também deu lugar a cerimônias marcadas pelo apoio de dirigentes europeus a Kiev.

Uma multidão fez um minuto de silêncio na Praça da Liberdade em Tallinn, capital da Estônia, onde a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, participaram de uma cerimônia em homenagem às vítimas do conflito ucraniano.

Em Londres, o primeiro-ministro Rishi Sunak fez um minuto de silêncio em frente à Downing Street, sede do Poder Executivo britânico, antes que dois intérpretes, vestidos com trajes tradicionais, entoassem o hino ucraniano.

O presidente da França, Emmanuel Macron, o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, e o rei Charles III, do Reino Unido, publicaram mensagens, condenando a guerra lançada pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Vários monumentos e edifícios públicos — como a Torre Eiffel, em Paris; o Teatro Nacional, em Varsóvia; e o edifício da Comissão Europeia, em Bruxelas — foram iluminados ao entardecer de quinta-feira com as cores azul e amarelo da bandeira da Ucrânia.

Em Berlim, os manifestantes se reuniram perto do Portão de Brandemburgo, protegidos da garoa com guarda-chuvas azuis e amarelos.

Símbolo da queda da Rússia

Enno Lenza e Wieland Giebel, que dirigem um museu privado alemão, explicaram que levaram para a frente da embaixada russa a carcaça de um tanque, bombardeado no conflito, “como um símbolo da queda da Rússia”.

“Queremos colocar seu lixo na frente das portas dos terroristas”, disse Giebel, que durante meses se envolveu em um emaranhado burocrático com as autoridades alemãs para conseguir instalá-lo.

O tanque, um T72 B1 de 1985, foi danificado em 31 de março do ano passado perto de Bucha, a cidade martirizada vizinha de Kiev, onde dezenas de corpos foram encontrados após a partida das tropas russas.

Sabine Ertl, uma turista, descreveu o tanque como “impressionante e aterrador, que expõe a realidade”.

Lorenzo Graif, um chileno que estuda em Berlim, disse que a instalação foi “uma boa maneira de se manifestar diante da embaixada”.

O presidente alemão, Frank Walter Steinmeier, ressaltou que Kiev pode contar com o apoio de seu país. Por mensagem remota, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu aos aliados ocidentais pelo apoio a seu país.

Centenas de manifestantes também se reuniram na Trafalgar Square, em Londres.

Ksenia Miletska, voluntária de uma instituição de caridade, expressou sua surpresa com o nível de apoio à Ucrânia na Grã-Bretanha. “É inacreditável. Quando você tem uma bandeira ucraniana, as pessoas dizem ‘Oh Slava Ukraini, Slava Ukraini’ (Glória à Ucrânia). Eles sabem o que isso significa”, comentou.

Oksana Podlesnayka, uma contadora ucraniana, pediu mais ação. “Muitas coisas estão sendo ditas, mas não há ação suficiente. Precisamos de ação rápida. Precisamos de entrega rápida [de armas], porque as pessoas estão morrendo lá todos os dias”, enfatizou.

© Agence France-Presse

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