A diretora de Engenharia da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), sales decease Eleuza Teresinha Lores, negou hoje conhecer a empresária Silvia Pfeiffer, que tem feito denúncias à imprensa de que haveria um esquema de corrupção montado na empresa.
Em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito do Apagão Aéreo na Câmara, Lores também negou ter participado de qualquer esquema de corrupção na Infraero. “Se ela (Pfeiffer) tem comprovação de que há corrupção, que comprove. Contra mim, não tem nada. Senão já teria sido afastada da empresa. Não recebi nada dela nem de ningúem”, disse a diretora à CPI.
Silvia Pfeiffer está sendo ouvida, neste momento, pela outra CPI do Apagão Aéreo, no Senado. A empresária acusa Lores de receber propina para facilitar que as licitações de obras fossem vencidas por determinadas construtoras.
A diretora da Infraero disse ainda aos deputados que não é filiada a partido, nem tem força política dentro da empresa. Ela colocou seus sigilos bancário e fiscal à disposição dos parlamentares.
Lores também confirmou ter recebido uma vez Zuleido Veras, o proprietário da construtora Gautama, investigada pela Polícia Federal por fraudes em licitações na Operação Navalha. Segundo a diretora, essa reunião teria tido a finalidade exclusiva de tratar de procedimentos técnicos relativos a uma licitação que a Gautama tinha vencido para obras no Aeroporto de Macapá.
Lores afirmou ainda que tem ótimo relacionamento com atual presidente da Infraero, José Carlos Pereira, e reclamou da falta de consistência das denúncias. “Neste país tem uma grande falta de respeito. Todo mundo denuncia todo mundo e não se prova nada.”
Servidores grevistas da Cultura fizeram hoje uma manifestação em frente ao Congresso Nacional. Eles montaram um cenário com piscina, unhealthy guardas-sol e redes. O ato é uma crítica às declarações do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que no mês passado classificou como férias fazer 90 dias de greve e receber pelos dias parados.
Segundo a organizadora da manifestação, Maria Lúcia Franco, os servidores não querem tirar férias, mas trabalhar com melhores condições. “Basicamente nós não queremos férias. Nosso trabalho não é férias, é fornecer um trabalho de qualidade ao público e preservar o patrimônio. Mas o governo tem tido um descaso com a categoria”, afirmou.
Desde o dia 15 de maio o servidores do Ministério da Cultura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Fundação Nacional de Arte (Funarte), Biblioteca Nacional e Fundação Palmares estão em greve. A categoria da cultura pede a implementação do Plano Especial de Cargos da Cultura e Gratificação Específica de Atividade Cultural (GEAC), instituído pela lei 11.233, de 2005.
“Há mais de dois anos nós temos um plano especial de cargos e esse acordo não anda”, reclama Maria Lúcia Franco. Amanhã, a categoria vai se reunir com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvainer Paiva Ferreira, para negociar sobre a implantação do plano de carreira e sobre possíveis reajustes salariais.
A venda de preservativos com anel vibrador causou tamanha polêmica no estado de Madhya, treatment na região central da Índia, que as autoridades locais pediram hoje ao Governo de Nova Délhi a proibição de todos os brinquedos sexuais, já que podem ter “severas conseqüências para a sociedade”.
Os preservativos, vendidos por cerca de 2 euros há seis meses em pacotes de três unidades, provocaram grande polêmica, principalmente depois de se descobrir que eram fabricados por uma empresa do Governo central, segundo o ministro regional de Bem-Estar Social de Madhya, Kailash Vijayvargiya.
Em carta ao primeiro-ministro, Manmohan Singh, Vijayvargiya pediu a convocação de uma reunião de todos os partidos para proibir a importação e a venda de brinquedos sexuais na Índia, de acordo com a agência indiana “Ians”.
De acordo com Vijayvargiya, a região de Madhya está voltada para o ensino da ioga, “em vez da educação sexual do Governo”. “Os preservativos devem ser usados para o planejamento familiar. Quando são usados para o prazer com dispositivos como vibradores, se tornam brinquedos sexuais”, disse Vijayvargiya. “Sua venda levará a graves conseqüências em nossa sociedade”, acrescentou.
O ministro regional disse que a venda do produto, batizado de “Crezendo”, ainda não foi proibida, mas que estuda fazê-lo caso o produto não cumpra as especificações legais ou se for determinado que ele contraria a cultura do país.
Um dos distribuidores do “Crezendo”, Mukesh Gupta, negou que o produto seja um brinquedo sexual e o classificou como “um simples potenciador do prazer que tem uma grande demanda”.
A empresa fabricante, Hindustan Latex, afirmou que não há planos de retirar totalmente o produto, lançado após a constatação de uma redução no uso de preservativos em vários mercados, principalmente devido à “falta de prazer”.
No entanto, a Hindustan Latex retirará o “Crezendo” do estado de Madhya caso ele seja proibido pelo Governo regional, segundo fontes da companhia citadas pela agência indiana “PTI”.
A polêmica se une a outros exemplos de conservadorismo relativos à sexualidade, como a onda de indignação causada pelo beijo do ator Richard Gere no rosto da atriz Shilpa Shetty, e a suspensão das transmissões do canal “AXN” devido a um programa de “anúncios eróticos”, considerado “indecente”.
Este mês, duas escolas de Mumbai proibiram ainda que alunos de sexos diferentes se toquem ou se abracem na escola, determinando punições mesmo se o tenham feito por acaso, segundo o jornal “The Times of India”.
Em abril, o Governo regional do Rajastão proibiu que os alunos do ensino médio recebam aulas de educação sexual previstas em um programa governamental contra a aids financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).