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Premiê da Espanha antecipa eleições gerais após derrota em pleito regional

O premiê Pedro Sánchez, do primeiro grupo, antecipou em quase quatro meses as eleições gerais que estavam programadas para 10 de novembro

FolhaPress

29/05/2023 8h33

IVAN FINOTTI
MADRI, ESPANHA

Horas após a derrota que o Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) teve frente ao Partido Popular (PP) nas eleições regionais da Espanha, no domingo (28), o premiê Pedro Sánchez, do primeiro grupo, antecipou em quase quatro meses as eleições gerais que estavam programadas para 10 de novembro.

O escrutínio agora será realizado em 23 de julho. A ideia do Psoe é conter a um desgaste maior frente ao crescimento da direita e diminuir a possibilidade de que o conservador PP e o Vox, de extrema-direita, consigam uma maioria capaz de eleger o próximo premiê.

“Assumo a responsabilidade desses resultados e acredito ser necessário dar uma resposta. Muitos presidentes com gestão impecável já perderam o cargo. O melhor é que os espanhóis tomem a palavra para definir os rumos políticos do país”, disse Sánchez na manhã desta segunda, em breve comentário.

Nas eleições para 8.135 prefeituras e para o parlamento estadual de 12 das 17 províncias da Espanha, o PP conseguiu 750 mil votos a mais que o Psoe, invertendo a dinâmica das eleições de 2019.

O PP teve 31% dos votos (23% em 2019) e o Psoe, 28% (29% em 2019). Já o Vox alcançou 7% (o dobro dos 3,5% de 2019).

De acordo com o El País, principal jornal da Espanha, “Sánchez, acostumado a decisões arriscadas ao longo de sua carreira, optou pela mais perigosa de todas, mas também a única que ninguém esperava na noite das eleições. O presidente coloca assim os eleitores, sobretudo os progressistas, na posição de terem de decidir quase imediatamente se querem consolidar o resultado das eleições regionais e municipais, que entregam quase todo o poder ao PP e ao Vox, e permitirem que isso chegue a La Moncloa [sede do governo federal] ou se mobilizarem para evitá-lo”.

Em 2019, o PP havia tido o pior resultado de sua história, e o Vox não passava de uma possibilidade. Quatro anos depois, a esquerda vê o risco de o país passar a ser governado pela direita como extremamente provável.

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