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Petróleo fecha em alta mais de 2%, após queda de estoques nos EUA reforçar receio com oferta

O Bank of America prevê que o compromisso da Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados, a Opep+, com os cortes de produção

Redação Jornal de Brasília

27/09/2023 16h18

Foto: Bloomberg/Daniel Acker

Os preços do petróleo dispararam, com o contrato mais líquido do barril do WTI tocando o maior nível desde agosto do ano passado, após queda dos estoques dos Estados Unidos na semana passada exacerbar as apreensões sobre as condições do mercado no contexto de oferta restrita.

O contrato do WTI para novembro fechou com ganho de 3,64% (US$ 3,29), a US$ 93,68 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), após máxima intradiária de US$ 94,17. O Brent para dezembro subiu 2,09% (US$ 1,93), a US$ 96,55 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na máxima, o contrato chegou a ser cotado a US$ 97,06.

O Bank of America (BofA) prevê que o compromisso da Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados, a Opep+, com os cortes de produção e a expansão dos estímulos econômicos na China devem manter o quadro de sustentação aos preços da commodity. “Agora vemos o Brent tendo média de US$ 91 o barril no segundo semestre, de US$ 81 anteriormente”, projetou o banco.

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos tiveram baixa de 2,169 milhões de barris, a 416,287 milhões de barris, na semana até 22 de setembro. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journalprojetavam queda de 600 mil barris.

Além disso, há novamente uma escassez de diesel, especialmente na Europa, por isso os EUA estão exportando mais destilados (ou seja, diesel, óleo para aquecimento, combustível para aviação, etc.), o que provoca a diminuição do déficit comercial e impulsiona o crescimento do PIB, segundo comentário da Navellier, assinado por David Evanson. Naturalmente, como os preços da gasolina estão elevados, a popularidade de Joe Biden está caindo nas pesquisas eleitorais, completou.

Na Rússia, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse que o governo estuda medidas adicionais com foco no petróleo. Ele disse que há propostas para restringir as exportações “paralelas” de combustíveis, ou a compra de produtos petrolíferos inicialmente destinados ao uso doméstico e exportados por um preço mais alto. Novak também citou a possibilidade de aumento de impostos de exportação.

Estadão Conteúdo

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