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Mundo

Para Eurasia, América Latina sairá da pandemia com cicatrizes políticas e sociais

A pandemia amplificou problemas anteriores na região, que já sofria com crescimento baixo e insatisfação da população

Redação Jornal de Brasília

18/01/2022 14h03

View of the boarding area at the Galeao International airport in Rio de Janeiro, Brazil on April 13, 2021, amid the COVID-19 coronavirus pandemic. – More contagious, probably more severe, the “Brazilian” P1 variant remains unrecognized, but raises many concerns, which have prompted the French government to suspend their flights to Brazil until further notice. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP)

O diretor da Eurasia, Christopher Garman, disse nesta terça-feira, 18, que a pandemia de covid-19 exacerbou problemas políticos e sociais que já atingiam a América Latina. Garman participou de painel online organizado pela Fitch na manhã desta terça-feira. “Quando olho para quais são as regiões que vão sair da pandemia com as cicatrizes políticas e sociais mais profundas, acho que a América Latina está no topo da lista”, disse Garman.

Para o analista, a pandemia amplificou problemas anteriores na região, que já sofria com crescimento baixo e insatisfação da população com relação a políticos e serviços públicos.

Por isso, Garman vê um “ciclo agudo” de insatisfação na região, que pode se manifestar no ciclo eleitoral. “Vimos vários tipos de políticos anti-establishment surgirem, seja à esquerda, no México, com Manuel López Obrador, ou à direita, com Jair Bolsonaro no Brasil. O que estamos vendo é que a pandemia vai exacerbar esses níveis de frustração de eleitores, porque o governo terá limitações fiscais que ele não pode resolver, a desigualdade de renda tende a crescer”, afirmou.

Segundo Garman, a América Latina está indo em direção à esquerda, puxada não por um fator ideológico, mas por um movimento pró-mudanças.

Do ponto de vista positivo, Garman destaca que os principais países da região aderiram em massa à vacinação e devem ficar bem posicionados em relação às próximas ondas de covid-19.

Estadão conteúdo

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