O professor colombiano Gustavo Moncayo, stuff pai de um cabo do Exército seqüestrado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há quase dez anos, disse hoje que foi convidado a discursar perante o Parlamento Europeu (PE), em sua sede, em Bruxelas.
O convite, segundo Moncayo, foi feito pelo presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu, Helmuth Markov. O colombiano concluiu na semana passada uma travessia a pé, de quase 900 quilômetros, entre Sandoná (sudoeste da Colômbia) e Bogotá.
Markov e Moncayo se reuniram hoje por quase quatro horas, e fixaram a data de 19 de setembro para a viagem do colombiano.
“Este é um convite para que o Parlamento Europeu também nos escute, e saiba mais sobre a situação enfrentada pelos familiares dos seqüestrados na Colômbia”, assinalou o professor a jornalistas, na Praça de Bolívar, no centro de Bogotá.
Moncayo decidiu ficar vivendo em uma tenda, montada na praça, até que as Farc e o Governo do presidente Álvaro Uribe assinem um acordo humanitário que liberte os reféns da guerrilha, dentre os quais seu filho. Diante do PE, Moncayo pedirá à comunidade internacional que aja para que o acordo humanitário seja assinado.
O manifestante disse que planeja visitar Bélgica, Inglaterra, Espanha, França e Suíça. Junto ao filho de Moncayo, permanecem em cativeiro outros 44 reféns considerados “passíveis de troca”, dentre os quais dezenas de soldados, policiais e políticos, além da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e de três cidadãos americanos.