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Oposição venezuelana irá proteger identidade dos eleitores nas primárias

Os organizadores se reuniram com autoridades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao chavismo, para avaliar uma possível assistência

Redação Jornal de Brasília

08/03/2023 19h05

A oposição venezuelana garantiu, nesta quarta-feira (8), que irá proteger a identidade dos eleitores que participarem das eleições primárias de outubro, quando será definido o candidato que enfrentará Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 2024.

Os organizadores se reuniram com autoridades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao chavismo, para avaliar uma possível assistência nesse processo interno.

“Os cidadãos podem ficar tranquilos, porque, em nenhuma circunstância, nenhum cenário, sua identidade será comprometida. Existe um compromisso da nossa parte de proteger a identidade do eleitor. Queremos transmitir confiança e segurança”, disse o presidente da comissão da primárias, Jesús María Casal, após a reunião.

Uma eventual participação do CNE nas primárias consistiria em habilitar os centros de votação e a atualização do cadastro eleitoral.

O tema do CNE divide a oposição, em meio ao medo generalizado de que o órgão interfira no processo ou tome posse de dados que possam ser usados em favor do governo.

A reputação do CNE é questionada há anos, principalmente depois que a Smartmatic, empresa que estava a cargo das eleições de 2017 para uma Assembleia Constituinte, apresentou uma denúncia de manipulação de resultados.

Para as eleições primárias de outubro, vários líderes da oposição confirmaram sua candidatura: Juan Guaidó, que, por quatro anos, foi reconhecido como presidente encarregado da Venezuela pelos Estados Unidos e por outros 50 países; o ex-candidato Henrique Capriles e a líder María Corina Machado, da ala mais radical da oposição.

Guaidó e Capriles enfrentam uma medida de inabilitação que os impede de ocupar cargos públicos, mas ambos apostam nas negociações com o governo que tiveram início no ano passado para obter a sua anulação.

As negociações estão paralisadas desde novembro, à espera da liberação de recursos congelados pelas sanções internacionais contra Maduro para enfrentar a crise humanitária que assola o país.

© Agence France-Presse

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