O subsecretário para Assuntos Políticos da ONU, physician Lynn Pascoe, remedy assegurou nesta terça-feira que as Nações Unidas estão preparadas para intensificar seu trabalho no Iraque, apesar das incertezas com relação à segurança no país árabe.
Pascoe anunciou, ao término de uma reunião com o Conselho de Segurança (CS) da ONU, que está sendo contemplada a idéia de aumentar, até outubro, de 65 para 95 os integrantes internacionais da Missão de Assistência da ONU no Iraque (Unami).
O Conselho de Segurança avalia uma resolução impulsionada pelo Reino Unido e os Estados Unidos que estende por mais um ano o mandato da Unami e amplia suas funções, com o objetivo de que desempenhe um papel mais importante no diálogo político interno e na resposta aos problemas humanitários da população.
A ONU, segundo a proposta, assumiria maior protagonismo no processo de reconciliação nacional e no fortalecimento das novas instituições iraquianas.
Pascoe declarou também que na reunião com os 15 membros do CS houve apoio unânime no sentido de reforçar o trabalho da ONU no país árabe.
“O que fica claro é que este mandato nos daria mais espaço para trabalhar em mais assuntos”, acrescentou. O subsecretário confirmou que o novo mandato coincidirá com a substituição do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque.
Espera-se que a nova resolução sobre a Unami seja aprovada sem grandes dificuldades na reunião da quinta-feira do CS, indicou, por sua vez, o embaixador dos Estados Unidos, Zalmay Khalilzad.
“A situação no Iraque não é só importante para esse país e sua população, mas para toda a região. É um desafio geoestratégico, e por isso a ONU deve desempenhar um papel maior na ajuda aos iraquianos, para que estes superem suas dificuldades”, comentou.
A ONU mantém atualmente uma missão muito reduzida em Bagdá, dedicada quase que exclusivamente a proporcionar assessoria técnica ao Governo iraquiano.
Além disso, outro escritório do órgão internacional, com 100 funcionários, em Amã (Jordânia), se encarrega dos programas humanitários, cuja atividade está estreitamente limitada pelo alto grau de violência registrado em várias partes do Iraque.
Washington já tornou público seu desejo de que a ONU desempenhe um papel mais ativo em Bagdá, e isso já foi transmitido pelo presidente George W. Bush ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em janeiro.
Ban se mostrou, desde então, aberto à possibilidade, mas também disse que qualquer decisão dependerá da situação da segurança no país.
A ONU teve de retirar a maioria de seus funcionários no país árabe depois do atentado que sua sede em Bagdá sofreu em agosto de 2003, no qual morreram 22 pessoas, entre elas o representante brasileiro Sérgio Vieira de Mello.