O presidente eleito do México, look this site Felipe Calderón, prostate governista conservador que está sob forte pressão da oposição de esquerda, disse hoje que, sozinho, o livre mercado não conseguirá acabar com a pobreza do país.
As declarações pareceram destinadas a acalmar os espíritos da esquerda, que o acusa de ter fraudado as eleições presidenciais de julho para evitar a vitória do oposicionista Andrés Manuel López Obrador.
"Um mercado competitivo não é suficiente para gerar condições dignas, verdadeiramente humanas. É preciso orientação e ajustes por parte do Estado para corrigir as terríveis desigualdades do México", disse ele.
Nos últimos anos, a América Latina deixou de confiar tanto na economia de mercado como arma para combater a pobreza, elegendo governos de tendência esquerdista.
"Ainda há 20 milhões de mexicanos na miséria, o que revolta e ofende toda a sociedade", disse Calderón.
Cerca de 40 opositores fizeram hoje uma manifestação diante do gabinete de Calderón, e havia mais protestos programados para a posse, no dia 1º de dezembro. Deputados de esquerda prometem impedi-lo de fazer o juramento no Congresso.
Apesar das denúncias de fraude eleitora, observadores estrangeiros e a Justiça Eleitoral não encontraram irregularidades.
Calderón anunciou o nome de seis ministros hoje, e prometeu dar continuidade aos programas de combate à pobreza do atual presidente, Vicente Fox.
Ele indicou a chefe de sua campanha, Josefina Vázquez Mota, para o Ministério da Educação.
O nome dela era cotado na disputa para o Ministério do Interior, e sua nomeação para a pasta da Educação eleva a probabilidade de o conservador Francisco Ramírez Acuña ficar com o Interior.