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Netanyahu considera ‘muito grave’ conjunto de avaliação dos EUA contra colonos judeus na Cisjordânia

“Israel considera muito grave a imposição das avaliações contra os cidadãos israelenses. A questão é objeto de intensa discussão com os Estados Unidos”, afirmou o texto sem fornecer mais detalhes

Redação Jornal de Brasília

28/08/2024 17h20

Foto: Abir Sultan/AFP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou “muito grave” o conjunto de novas avaliações impostas pelos Estados Unidos aos colonos judeus na Cisjordânia ocupada, segundo um comunicado publicado por seu gabinete nesta quarta-feira (28).

“Israel considera muito grave a imposição das avaliações contra os cidadãos israelenses. A questão é objeto de intensa discussão com os Estados Unidos”, afirmou o texto sem fornecer mais detalhes.

Os EUA anunciaram nesta quarta-feira novas avaliações aos colonos israelenses na Cisjordânia e fizeram um apelo a Israel para que lute contra estes grupos “extremistas acusados ​​de alimentar a violência sobre palestinos no território”.

O anúncio ocorre no mesmo dia em que o Exército israelense lançou uma operação de magnitude incomum no norte da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, na qual matou nove combatentes palestinos.

“A violência dos colonos extremistas na Cisjordânia provoca um intenso sofrimento humano, prejudica a segurança de Israel e compromete as perspectivas de paz e de estabilidade na região”, declarou a porta-voz do Departamento de Estado Americano, Matthew Miller, em comunicado.

“É essencial que o governo israelense exija que os indivíduos e as entidades responsáveis ​​pela violência contra os civis na Cisjordânia sejam responsabilizados”, acrescentou.

A medida afeta, sobretudo, a organização governamental Hashomer Yosh e seus dirigentes acusados ​​de fornecerem material de apoio à colônia não autorizada pelo governo israelense de Meitarin, na Cisjordânia, segundo o Departamento de Estado.

Washington também sancionou Yitzhak Levi Filant, considerado o coordenador de “segurança” da colônia de Yitzhar.

Os EUA já impuseram uma série de avaliações contra colonos israelenses e se posicionaram firmemente a qualquer expansão das colônias na Cisjordânia, organizada por membros da extrema direita do governo de Netanyahu.

A violência aumentou na Cisjordânia desde o início do conflito em Gaza, desencadeada pela incursão de militantes do movimento islâmico palestino Hamas no sul de Israel em 7 de outubro.

© Agence France-Presse

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