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Mundo

Movimento pró-democracia realiza vigília pelo fim da guerra em frente à embaixada russa

O massacre em Bucha, na Ucrânia, chamou atenção do mundo nos últimos dias, e já deixou mais de 400 mortos

Redação Jornal de Brasília

08/04/2022 14h42

Na quinta-feira (7), o movimento Democracia Sem Fronteiras (DSF) realizou uma “Vigília pela paz na Ucrânia”, às 18h30, em frente à Embaixada da Rússia, em Brasília. O grupo reuniu cerca de 100 pessoas e foi às ruas pedir o fim da guerra e a abertura de corredores humanitários com cessar-fogo.

Unidos pelas centenas de famílias ucranianas que perderam seus lares e entes queridos, o ato tem como objetivo chamar atenção das autoridades políticas, imprensa e sociedade civil. Os cartazes estampados, durante a manifestação, são imagens que ironizam Putin, Stalin e Hitler, mãos representando às vítimas da guerra, palavras como justiça, Bucha e stop the war (pare com a guerra).

Para o movimento, a guerra na Ucrânia acende um debate acerca do real significado da democracia, pois quando um país tem seu território atacado, não há como se sustentar um regime democrático, e assim é necessário criar meios alternativos – e nem sempre pacíficos – de resolução de conflitos.

“Somos contra todo conflito armado que tenha como objetivo ganhos políticos e territoriais e que violem os direitos humanos. Não importa quão necessária ou justificável seja uma guerra, ela será sempre um crime”, declara o movimento.

O massacre em Bucha, na Ucrânia, chamou atenção do mundo nos últimos dias, e já deixou mais de 400 mortos. A cidade foi tomada pela Rússia em 27 de fevereiro. Com a recém retirada dos soldados russos e as imagens divulgadas de como ficou o local foram reveladas as atrocidades cometidas em um dos palcos da guerra.

Após os corpos de civis encontrados pelas ruas de Bucha, em sessão na última quinta-feira (7), a Assembleia Geral da ONU aprovou a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos. A resolução teve 93 votos a favor, 24 contra e outras 58 abstenções. O Brasil foi um dos países que se absteve na votação.

“Faz-se necessário que a comunidade internacional inicie ações como essa de restrição à participação russa no Conselho dos Direitos Humanos da ONU. O que vemos com as imagens divulgadas, como as de Bucha, reforça mais ainda a necessidade de dar voz aos civis que morreram e à vida daqueles que sofrerão as consequências desta guerra. A Rússia deve ser julgada por cometer crimes de guerra”, diz o DSF.

O DSF, desde 2019, realiza diversas ações para chamar a atenção dos parlamentares brasileiros, imprensa e sociedade civil para as questões de violação dos direitos humanos. De acordo com o grupo, a manifestação realizada ontem é mais uma forma de se posicionar a favor daqueles que estão sem voz.

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