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Líder do Hamas anuncia à Al Jazeera a morte de três de seus filhos em bombardeio israelense em Gaza

O líder do movimento islamista palestino confirmou à rede Al Jazeera o “martírio” dos seus “três filhos” e de alguns dos seus “netos”

Redação Jornal de Brasília

10/04/2024 14h40

Foto: AFP

O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, disse nesta quarta-feira (10) que três de seus filhos e vários de seus netos morreram em um bombardeio israelense na Faixa de Gaza.

O líder do movimento islamista palestino, radicado no Catar, confirmou à rede Al Jazeera o “martírio” dos seus “três filhos” e de alguns dos seus “netos”.

Segundo a rede catari, um drone atingiu o veículo da família no acampamento de refugiados de Al Shati, no norte do estreito território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.

Em um hospital em Doha, onde foi informado do bombardeio, Haniyeh contou à Al Jazeera que quase “60 membros” de sua família foram “martirizados”, incluindo seus netos, os filhos de seu irmão, de sua irmã e seus primos.

A máxima autoridade do Hamas afirmou que, ao atacar familiares de líderes do grupo, “a ocupação” israelense busca romper com a “determinação do nosso povo”.

Segundo Haniyeh, no entanto, as ações israelenses não conseguirão forçar a mão do Hamas nas negociações para alcançar uma trégua e a libertação de reféns.

“Todo o nosso povo e todas as famílias de Gaza pagaram um preço alto em sangue e eu sou um deles”, acrescentou.

O bombardeio ocorre em um momento em que não parece haver progressos nas negociações para um cessar-fogo, lideradas por Estados Unidos, Egito e Catar. Israel não reagiu ao ataque até o momento.

O conflito começou em 7 de outubro com o ataque do Hamas no sul de Israel, que deixou 1.170 mortos, a maioria civis, segundo dados israelenses.

Os combatentes islamistas tomaram mais de 250 reféns, dos quais 129 continuam na Faixa de Gaza, incluindo os 34 que teriam morrido, segundo o Exército.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou 33.482 mortos em Gaza, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.

© Agence France-Presse

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