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Kamala Harris desafia China sobre Taiwan e busca aproximação com Coreia e Japão

Coreia do Sul e Japão, que Harris descreveu como o “pino” e “pedra angular” da estratégia americana na Ásia

Redação Jornal de Brasília

28/09/2022 14h16

Foto: Reprodução

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, desafiou diretamente a China acusando-a de “comportamento perturbador” e “provocações” a Taiwan nesta quarta-feira, 28, em um destróier americano em um base naval no Japão. Harris disse que os EUA vão “aprofundar laços não oficiais” com Taiwan, país que a China vê como parte de seu território.

As crescentes tensões sobre Taiwan aumentaram o potencial de conflito. E a estratégia americana é confrontar o governo chinês, que depende de alianças estratégicas para impor sua posição. Coreia do Sul e Japão, que Harris descreveu como o “pino” e “pedra angular” da estratégia americana na Ásia, permanecem em desacordo entre si, divididos pelo legado da Segunda Guerra Mundial, apesar dos esforços renovados na reconciliação.

O Japão colonizou a Península Coreana anos antes do início do conflito, enviando muitas pessoas ao trabalho forçado e mulheres à escravidão sexual. Décadas depois, tensões continuam a transbordar dos livros de história e em debates sobre comércio, tecnologia e compartilhamento de inteligência.

Embora o Japão e a Coreia do Sul estejam tomando medidas para reparar seu relacionamento, o progresso permanece incerto. Os líderes de ambos os países enfrentam problemas políticos e desafios domésticos que podem tornar mais difícil chegarem a compromissos no exterior.

A Coreia do Sul acredita que tem direito a uma compensação adicional do Japão e uma aceitação mais completa da culpa. Os líderes japoneses resistiram, dizendo tais questões já foram resolvidas. Os EUA estão incitando ambos os lados a se comprometerem enquanto tentam reorientar suas alianças para combater a força crescente da China.

Harris, cuja viagem de quatro dias à região foi marcada pelo funeral de estado para o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, disse a repórteres que vê a política externa americana na região “no contexto de um relacionamento trilateral” entre EUA, Japão e Coreia do Sul, todos trabalhando juntos.

Estadão conteúdo

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