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Mundo

Jornalista francês é morto na Ucrânia

“Um bombardeio contra uma operação humanitária matou Frédéric Leclerc-Imhoff, enquanto ele exercia seu dever”, tuitou a chanceler

Redação Jornal de Brasília

30/05/2022 16h38

Foto: Reprodução

Um jornalista francês morreu nesta segunda-feira(30) na Ucrânia em um “bombardeio russo”, enquanto cobria uma operação de evacuação de civis nos arredores de Severdonetsk, anunciaram as autoridades francesas, que pediram uma “investigação transparente”.

“Um bombardeio russo contra uma operação humanitária matou Frédéric Leclerc-Imhoff, enquanto ele exercia seu dever de informar”, tuitou a chanceler francesa, Catherine Colonna, que visitou Kiev nesta segunda-feira e denunciou “um duplo crime” contra um comboio humanitário e um jornalista.

O presidente francês, Emmanuel Macron, prestou homenagens e expressou condolências à família, colegas e amigos do repórter de 32 anos, que “estava na Ucrânia para mostrar a realidade da guerra” e foi “ferido mortalmente”.

Leclerc-Imhoff trabalhava como cinegrafista para a rede BFMTV, junto com o jornalista Maxime Bradstaetter, que ficou “levemente ferido”, indicou a televisão privada. A guia ucraniana que os acompanhava, Oksana Leuta, ficou ilesa.

Os fatos ocorreram nas proximidades de Severodonetsk, leste de Ucrânia, onde as forças russas aumentaram sua pressão nos últimos dias após o lançamento de uma ofensiva militar em 24 de fevereiro.

A BFMTV confirmou que seu cinegrafista foi atingido por “estilhaços enquanto acompanhava uma operação humanitária”, informou. Foi a segunda missão na Ucrânia do jornalista que trabalhava para o canal há seis anos.

A ministra de Relações Exteriores exigiu rapidamente uma “investigação transparente o mais rápido possível para esclarecer as circunstâncias” da morte e destacou a importância da “liberdade de imprensa” no mundo.

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Audrey Azoulay, condenou a morte de Leclerc-Imhoff e pediu uma investigação “para que os autores deste crime sejam identificados e procurados pela Justiça”.

“Os jornalistas que trabalham diariamente na Ucrânia para nos informar sobre a realidade da guerra devem ser protegidos dos ataques”, afirmou Azoulay em nota.

Ao menos oito jornalistas morreram na Ucrânia desde o início da invasão, segundo uma contagem do Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

© Agence France-Presse

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