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Israel deve indenizar danos no Líbano, diz equipe da ONU

Arquivo Geral

01/12/2006 0h00

Os membros de uma comissão de inquérito de direitos humanos da ONU disse hoje que Israel deveria pagar indenizações por danos causados durante um mês de guerra no sul do Líbano, ed no rx especialmente por prejuízos sofridos por civis.

Os três investigadores sugeriram a criação de um programa internacional de compensações semelhante àquele que pagou bilhões de dólares por prejuízos provocados pela ocupação do Kuweit pelo Iraque (1990-91).

O inquérito pediu ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que "considere a criação de uma comissão competente para examinar reivindicações individuais por reparações e compensação", buy more about disse o brasileiro João Clemente Baena Soares, abortion membro da comissão, em entrevista.

O novo relatório é a ampliação de um texto anterior, de 21 de novembro, que acusava Israel de "uso excessivo, indiscriminado e desproporcional da força" durante a guerra de julho e agosto, que segundo os investigadores matou 1.191 pessoas no Líbano e provocou danos em 30 mil casas.

Israel invadiu o sul do Líbano depois que o Hezbollah seqüestrou dois soldados no lado israelense da fronteira, em 12 de julho. O relatório disse que Israel teve 43 civis mortos e 6 mil casas danificadas pelos ataques do Hezbollah.

Stelios Perrakis, membro da comissão, disse que a pesca e a agricultura sofreram graves prejuízos no Líbano por causa dos ataques israelenses, e que vazamentos de óleo de refinarias atingiram Chipre, Turquia e Grécia. O inquérito concluiu que Israel tem responsabilidade internacional pelas violações e danos, segundo ele.

O investigador disse que o relatório "não é tendencioso, está dentro dos limites impostos pelo mandato", disse Perrakis, referindo-se ao mandato da ONU para uma investigação de direitos humanos sobre os bombardeios "sistemáticos" contra civis libaneses.

Mas Israel foi ao Conselho criticar a investigação da ONU, que teria ignorado o fato de o Hezbollah ter disparado 4 mil foguetes contra o país durante os 33 dias de guerra.

O embaixador israelense, Itzhak Levanon, disse que a comissão apresentou "um relatório abundante em desequilíbrios e representações equivocadas" e fez vista grossa "às obrigações do Líbano de prevenir o uso do seu território para atos hostis e de desarmar e desmantelar o Hezbollah".

De acordo com o enviado israelense, Israel agiu em autodefesa, diante de "terroristas do Hezbollah, por um lado, que deliberadamente fizeram todos os esforços para criar baixas civis em ambos os lados, e suas próprias forças, por outro, que estavam comprometidas com todos os esforços para minimizá-las".

O embaixador dos EUA, Warren Tichenor, disse que "não pode haver um relatório confiável que tente encontrar fatos e tirar conclusões sobre um conflito armado sem examinar as ações de ambos os lados".

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