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Israel cede em negociações por cessar-fogo com Hamas

Por meses, Israel exigiu que o Hamas libertasse pelo menos 40 reféns – mulheres, idosos e os que estão gravemente doentes

Redação Jornal de Brasília

29/04/2024 20h58

Reprodução

Israel reduziu o número de reféns que deseja que o Hamas liberte na primeira fase de negociações de uma nova trégua em Gaza, segundo autoridades israelenses, aumentando a esperança de um cessar-fogo. Enquanto isso, os EUA pressionam o Hamas a aceitar os termos da trégua, que não inclui uma pausa permanente.

Por meses, Israel exigiu que o Hamas libertasse pelo menos 40 reféns – mulheres, idosos e os que estão gravemente doentes – para garantir uma nova trégua. Agora, o governo israelense está disposto a se contentar com apenas 33, de acordo com as autoridades, que falaram sob condição de anonimato. A mudança seria em parte pelo fato de Israel acreditar que alguns dos 40 tenham morrido em cativeiro.

Com isso, aumentou o otimismo que os dois lados possam selar a primeira trégua desde o cessar-fogo de novembro, quando o Hamas libertou 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos. Um alto funcionário do Hamas, Izzat al-Rishq, disse ontem que o grupo estava estudando a nova proposta israelense, mas não deu detalhes.

O Hamas e seus aliados capturaram cerca de 240 israelenses e estrangeiros no ataque de 7 de outubro, o que levou Israel a declarar a guerra em Gaza. Acredita-se que mais de 130 reféns ainda estejam em cativeiro – alguns supõem-se que tenham morrido

As negociações mediadas pelo Egito e pelo Catar estão paralisadas há meses devido a desacordos sobre o número de reféns e prisioneiros que deveriam ser trocados. Outro obstáculo seria a permissão de Israel para que civis retornem às suas casas no norte de Gaza – e quantos poderiam fazê-lo.

A duração de um cessar-fogo é outro ponto de discórdia. O Hamas quer que seja permanente, enquanto Israel deseja outra pausa temporária, para que ainda possa enviar tropas para Rafah, a última grande cidade de Gaza sob controle do Hamas. Membros de extrema direita da coalizão governista de Israel ameaçaram derrubar o governo do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, se a guerra terminar sem a derrota total do grupo terrorista.

BLINKEN

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viajou ontem pela sétima vez ao Oriente Médio, desde o início da guerra, para aumentar a pressão sobre Israel e Hamas por um cessar-fogo. No Fórum Econômico Mundial em Riad, na Arábia Saudita, Blinken disse que Israel fez uma oferta “extraordinariamente generosa” e apenas o Hamas estava no caminho de um acordo.

“A maneira mais rápida de acabar com isso é chegar a um cessar-fogo e a libertação de reféns”, disse. “O Hamas tem diante de si uma proposta extraordinariamente generosa por parte de Israel. Estou esperançoso de que eles tomarão a decisão certa e podemos ter uma mudança fundamental na dinâmica.”

Estadão Conteúdo.

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