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Israel bombardeia área com hospitais e EUA alertam para sofrimento de civis

A rádio operada pelo Exército israelense confirmou que hospitais foram cercados e ordenou que fossem esvaziados

Redação Jornal de Brasília

10/11/2023 18h25

Pessoas verificam os danos causados ??por um ataque israelense ao campo de refugiados al-Maghazi, em Deir Balah, no centro da Faixa de Gaza — Foto: Mahmud HAMS / AFP

Bombardeios e disparos de artilharia de Israel atingiram a área onde estão localizados pelo menos cinco hospitais na cidade de Gaza nesta sexta-feira, 11. As batalhas são as mais intensas desde o início da guerra contra os terroristas do Hamas, que se arrasta há mais de um mês.

Os hospitais estão lotados com feridos e civis que tentam se esconder do fogo cruzado. O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, afirma que pelo menos 13 pessoas morreram no hospital Al Shifa, o maior da cidade. O número de vítimas não pode ser confirmado por fontes independentes, mas a Organização Mundial da Saúde confirma que o prédio foi atingido por bombardeio.

A rádio operada pelo Exército israelense confirmou que hospitais foram cercados e ordenou que fossem esvaziados. O diretor do hospital Al Shifa, por sua vez, disse que não tinha para onde levar todos os pacientes.

Tel-Aviv alega que o Hamas se utiliza de hospitais, em particular o de Al Shifa, para coordenar ataques e esconder comandantes e avisou que vai matar os terroristas que atirarem de hospitais. “Se virmos terroristas do Hamas atirando de hospitais, faremos o que temos de fazer (…), vamos matá-los”, disse o porta-voz do Exército Richard Hecht.

Um vídeo publicado no X (antigo Twitter) e geolocalizado pelo Washington Post mostra o momento em que civis, incluindo crianças, tentam sair do hospital al-Nasr, que também foi atingido. Enquanto a multidão tentava sair carregando bandeiras brancas, três disparos foram ouvidos. A origem dos tiros não foi confirmada pelo jornal.

Enquanto as tropas avançam na cidade de Gaza, a maior do enclave, cresce a pressão internacional sobre Israel. Nesta sexta-feira, o secretário de Estado Antony Blinken disse que “palestinos demais morreram e sofreram nas últimas semanas” ao pedir a Israel que minimize o impacto a civis e aumente a ajuda humanitária.

O chefe da diplomacia dos EUA, um dos maiores aliados de Israel, ponderou que as pausas para que os civis deixem o norte da Faixa de Gaza são positivas, mas insuficientes. “É preciso fazer muito mais para proteger os civis e garantir que a assistência humanitária chegue até eles”, declarou a durante uma viagem a Nova Délhi.

Estadão Conteúdo

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