O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou aos Estados Unidos que as perspectivas de evitar uma escalada na fronteira norte com o movimento islâmico libanês Hezbollah estavam desaparecendo, informou sua pasta nesta segunda-feira (16).
O funcionário afirmou em uma ligação ao secretário de Defesa americano Lloyd Austin que “a possibilidade de uma negociação na zona norte está se esgotando porque o Hezbollah continua ligado ao Hamas”, segundo o Ministério da Defesa israelense.
De acordo com a imprensa israelense, o país aguarda a visita do enviado especial da presidência dos EUA, Amos Hochstein, para negociar com os líderes israelenses. Há meses que Hochstein visita regularmente Israel e o Líbano para tentar enganar o esforço na fronteira e evitar uma escalada regional.
O Hezbollah, apoiado pelo Irã, troca disparos com as forças israelenses na fronteira quase diariamente desde que o movimento palestino Hamas atacou Israel em 7 de outubro, desencadeando uma guerra na Faixa de Gaza.
A violência causou 623 mortes no Líbano, a maioria combatentes, mas também 142 civis, segundo um balanço da AFP.
Autoridades afirmaram a morte de pelo menos 24 militares e 26 civis em Israel, incluindo as Colinas de Golã anexadas. Os combates também forçaram milhares de pessoas a abandonar suas casas.
Gallant reforçou nesta segunda-feira “o compromisso de Israel em eliminar a presença do Hezbollah no sul do Líbano e permitir o retorno seguro das comunidades do norte de Israel para suas casas”.
Declarações semelhantes foram feitas um dia antes pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que prometeu que “a situação atual não vai continuar”.
O líder adjunto do Hezbollah, Naim Qassem, declarou no sábado que seu grupo “não tem intenção de entrar em guerra”, mas se Israel “desencadear” uma, “terá grandes perdas de ambos os lados”.
Os dois países travaram uma guerra que durou um mês no verão de 2006 e matou mais de 1.200 pessoas no Líbano, a maioria civis, e 160 israelenses, principalmente soldados.
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