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Hamas considera como ‘negativa’ a resposta de Israel a sua proposta de trégua

O líder considerou a proposta como “um passo para trás” em relação às suas posições “previamente comunicadas aos mediadores”

Redação Jornal de Brasília

20/03/2024 15h26

Membros das Brigadas al-Qassam, ala militar do Hamas, em Gaza – AFP/Arquivos

O Hamas considera como “negativa” de forma geral a resposta de Israel a sua mais recente proposta de trégua sobre a guerra em Gaza, informou um líder do grupo islamista palestino em Beirute, Osama Hamdan, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (20).

“Os mediadores (no Catar) nos transmitiram na noite de terça-feira a posição” de Israel, que é “de um modo geral negativa e constitui um retrocesso” em relação à postura anterior, afirmou Hamdan.

O líder considerou a proposta como “um passo para trás” em relação às suas posições “previamente comunicadas aos mediadores”, e que isso poderia “obstruir as negociações e talvez levá-las a um impasse”.

Os mediadores internacionais, Estados Unidos, Catar e Egito, tentam alcançar um novo cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, agravada em 7 de outubro.

O movimento islamista propôs na semana passada uma trégua de seis semanas e uma troca de 42 capturados israelenses pela libertação de entre 20 e 50 palestinos, por refém.

Entre as exigências, estavam a retirada do exército israelense de Gaza e o aumento da entrada de ajuda humanitária, indicou Hamdan.

As declarações do Hamas surgem enquanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, inicia uma nova passagem pelo Oriente Médio, focada nos esforços para alcançar um cessar-fogo humanitário no território palestino.

A guerra começou em 7 de outubro com o ataque do Hamas no sul de Israel, que deixou cerca de 1.160 mortos, a maioria civis, de acordo com um levantamento da AFP com base em dados oficiais.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva contra Gaza com o objetivo de “aniquilar” o Hamas e deixou 31.923 mortos até o momento, a maioria civis, de acordo com o último balanço do Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo movimento palestino.

© Agence France-Presse

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