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Hamas afirma que está estudando proposta de trégua com Israel para libertação de reféns

A proposta apresentada pelo Catar ao Hamas foi construída em negociações no domingo, 28, em uma reunião que contou com o diretor da CIA

Redação Jornal de Brasília

30/01/2024 11h00

Palestinians inspect the rubble of destroyed houses and buildings in Rafah in the southern Gaza Strip on December 18, 2023, amid continuing battles between Israel and the militant group Hamas. (Photo by MOHAMMED ABED / AFP)

O grupo terrorista Hamas afirmou nesta terça-feira, 30, que está estudando a proposta apresentada em Paris sobre um cessar-fogo na guerra com Israel na Faixa de Gaza O líder do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, disse que o movimento recebeu a proposta que foi apresentada na reunião (de Paris) e que (o Hamas) está estudando para dar uma resposta,

“O movimento está aberto a discutir qualquer iniciativa ou ideia séria e prática, desde que conduza a uma cessação integral da agressão”, disse Haniyeh em comunicado. O líder do Hamas afirmou ainda que qualquer acordo com Israel deve garantir o regresso às suas casas dos quase dois milhões de habitantes de Gaza que estão deslocados pela violência, a maioria deles na área de Rafah, na fronteira com o Egito.

Além disso, Haniyeh exigiu um processo sério de troca de prisioneiros, depois que no acordo de trégua anterior, alcançado em novembro e que durou uma semana, o Hamas entregou 105 reféns em troca da libertação de 240 presos palestinos.

A proposta apresentada pelo Catar ao Hamas foi construída em negociações no domingo, 28, em uma reunião que contou com o diretor da CIA, Bill Burns, o chefe da agência de inteligência Mossad de Israel, David Barnea, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e o chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel.

Na estrutura apresentada, o Hamas libertaria reféns idosos, mulheres e crianças, se algum ainda estiver detido e vivo, durante o período de pausa de seis semanas, disseram as autoridades, que concordaram em falar sob condição de anonimato ao The New York Times.

Algumas autoridades israelenses dizem que o número de reféns que se qualificariam para a primeira libertação é de 30 a 35, mas isso é uma estimativa e os negociadores não sabem o número real. Não está claro se as mulheres soldados seriam incluídas nos reféns libertados na parcela em discussão. Isso poderia ser resolvido em negociações de detalhes, se as negociações chegarem a esse ponto.

Israel disse que “lacunas significativas” permaneceram após as tratativas de domingo, mas as chamou de construtivas e disse que continuariam nesta semana. A declaração do gabinete do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu não esclareceu quais eram as essas lacunas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou na segunda-feira, 29 que vê uma “esperança real” para um eventual acordo e disse que essas discussões em Paris resultaram em uma “boa proposta”.

Estadão Conteúdo

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