Menu
Mundo

Guerra na Ucrânia aumenta risco de armas químicas, diz órgão internacional

Órgãos internacionais de desarmamento, como a Opaq, “tornaram-se lugares de confronto e desacordo”, lamentou

Redação Jornal de Brasília

28/11/2022 16h38

Foto: Divulgação

A guerra na Ucrânia aumentou o risco do uso de armas de destruição em massa, incluindo armas químicas – alertou nesta segunda-feira (28) o presidente da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), Fernando Arias.

Esta organização internacional é encarregada do controle desse tipo de armamento. “A situação na Ucrânia aumentou mais uma vez a ameaça real de armas de destruição em massa, inclusive químicas”, declarou Arias. Segundo este diplomata espanhol, a Opaq monitora de perto a situação na Ucrânia.

A invasão russa “acentuou as tensões existentes a tal ponto que já não é evidente a unidade da comunidade internacional nos desafios globais relacionados com a segurança e a paz internacionais”, acrescentou Arias, durante a reunião anual desta organização, sediada em Haia (Holanda). 

Órgãos internacionais de desarmamento, como a Opaq, “tornaram-se lugares de confronto e desacordo”, lamentou. 

O presidente da Opaq lembrou que Rússia e Ucrânia estão entre os 193 países que “solene e voluntariamente se comprometeram a não desenvolver, produzir, adquirir, armazenar, ou usar, armas químicas”.

Apesar disso, as autoridades ucranianas e russas trocaram acusações nos últimos meses de um possível uso de armas nucleares, químicas e biológicas.

A Opaq também criticou a Síria, aliada da Rússia, pelos “graves descumprimentos” dos pedidos da organização internacional. 

Segundo Arias, o governo sírio negou visto a um inspetor da Opaq e não levou em consideração as medidas solicitadas pela agência.

O Exército sírio nega ter usado armas químicas e afirma ter desistido de suas reservas dessas munições, conforme acordado em 2013, após um suposto ataque com gás sarin que matou 1.400 pessoas em Ghuta, nos arredores de Damasco.

© Agence France-Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado