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Mundo

Geórgia divulga imagens de suposta invasão de aviões russos

Arquivo Geral

08/08/2007 0h00

O Ministério da Defesa da Geórgia mostrou hoje, cost pela televisão nacional, imagens do radar que, na segunda-feira, teria detectado uma incursão em território georgiano de dois aviões militares russos, que teriam lançado um míssil guiado.

Na tela do computador que mostrava o espaço aéreo georgiano apareciam mais de dez pontos luminosos, incluindo dois que entravam no território do país vindos da fronteira com a Rússia.

“Os aviões avançaram do norte em direção à cidade de Gori mas, depois de serem descobertos por sistemas de defesa aérea georgianos, voltaram à Rússia”, disse o coronel Zurab Pochjua, representante do Ministério da Defesa.

O Ministério de Assuntos Exteriores georgiano afirmou que o projétil supostamente lançado pelos aviões russos na aldeia de Tsitelubani seria um míssil guiado tático de fabricação russa Raduga KN-58, utilizado contra instalações de radar.

Segundo o Ministério da Defesa georgiano, o objetivo do ataque era destruir o radar militar instalado há três meses no distrito de Gori. O equipamento tinha como objetivo supervisionar todo o território da Geórgia, incluindo as regiões separatistas e pró-Rússia da Abkházia e Ossétia do Sul.

O míssil, de acordo com os resultados da perícia realizada por especialistas georgianos, carregava 140 quilos de TNT, que não chegou a explodir. “O míssil foi disparado de um caça-bombardeiro Su-24, de fabricação russa, que “entrou no espaço aéreo da Geórgia vindo do território da Federação Russa”, afirmou o Ministério de Assuntos Exteriores georgiano em comunicado.

A Chancelaria ressaltou que a Força Aérea da Geórgia não tem aviões Su-24 nem foguetes Raduga.

Segundo o ministro do Exterior georgiano, Guela Bejuashvili, observadores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) “confirmaram hoje que os aviões entraram em território georgiano vindos do norte e foram embora na mesma direção”.

Ele acrescentou que a Chancelaria georgiana denunciou o incidente às Nações Unidas, à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a outras organizações internacionais. Bejuashvili reiterou a proposta de que a Rússia participe da investigação que, segundo as autoridades georgianas, é a segunda em poucos meses.

Moscou por sua vez, afirmou que as acusações de Tbilisi representam uma tentativa de impedir a normalização das relações bilaterais, gravemente deterioradas no ano passado, quando o Kremlin impôs um bloqueio de terra, mar e ar ao país vizinho.

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